Pela primeira vez temos uma geração conectada pelo comportamento de vida e mentalidade e não pela faixa etária: é a Geração C. Conexão, curadoria, criatividade e comunidade são os 4 C’s que unem essa geração, de acordo com o relatório “Gen C: Nova Sensatez Virtual”, estudo realizado pela FleishmanHillard. O levantamento explora uma nova mudança cultural e traz percepções sobre como nossos comportamentos e expectativas de marca estão se transformando em meio à pandemia e devem permanecer no pós-covid. Neste cenário 73% dos entrevistados dizem que a pandemia mudou a forma como eles veem o mundo, 52% pretendem que as mudanças em seus comportamentos de compra continuem quando a pandemia acabar, 39% estão se exercitando mais e 26% pararam de comprar delivery não saudáveis.
A mudança de onde e como socializar, divertir, comprar e consumir está colocando diferentes demandas nas indústrias e continuará fazendo isso. Seja facilitando novos hobbies ou ajudando na aquisição de habilidades, as marcas precisam pensar estrategicamente sobre como criar impressões que podem se tornar associações positivas. O levantamento identificou 306% maior valor vitalício em clientes com relacionamento emocional com uma marca; e 71% mais propensos a recomendar uma empresa, em vez da taxa média de 45%.
Digital ou não, a pandemia oferece uma oportunidade de simplesmente pensar fora da caixa. As marcas estão sendo aplaudidas (e vaiadas) sobre se estão atendendo às expectativas de necessidade e união social: 62% das pessoas consideram como uma empresa se comporta ao responder a questões de raça ou gênero antes de comprar produtos e 32% dizem que é importante para o CEO tomar uma posição sobre as questões relacionadas à desigualdade social.
“A Gen C busca conexões autênticas e se envolve em todas as telas e mídias, ou seja, não há uma receita de como alcançá-los. Terão mais chances de conquistar o engajamento autêntico dos consumidores, as marcas que apostarem em amplificar seus valores em torno de inclusão e propósito”, informa Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard.
Comportamento de compra
Com o consumo priorizado de acordo com as necessidades mais básicas, houve o aumento da compra de categorias ter prioridade sobre a compra de marcas. Os consumidores estão comprando ativamente produtos de origem local e artesanais, enquanto apoiam as lojas da comunidade. As categorias de produtos com a maior taxa de teste para novas marcas são: 24% bens embalados e bebidas; 20% produtos de higiene doméstica; 13% alimentos frescos e orgânicos; e 13% produtos de cuidado pessoal.
Nas redes sociais, o relatório identificou que 25% das postagens referentes à compra online durante a pandemia foram relacionadas a problemas com entrega, estoque e disponibilidade. Sobre o comportamento de consumo: 70% continuariam com a frequência de pedidos de delivery pós-pandemia; 33% têm ou planejam apoiar empresas locais durante a pandemia; e 36% utilizaram serviço de entrega ou retirada.
Prioridades da Geração C
O levantamento ainda mostra que 16% das pessoas ouvidas planejam jogar menos videogames, passar menos tempo nas redes sociais, consumir menos TV ou filmes e não comprar itens não essenciais online, na contrapartida 20% dizem que planejam assistir a mais cobertura de notícias, mais serviços de streaming e vídeos; 26% planejam continuar socializando com a família; e 40% planejam continuar se exercitando após a pandemia.
No tripé vida, trabalho e sociedade, a Gen C encontrou novas maneiras de viver, eles substituíram sucesso por equilíbrio, mobilidade por mutualidade, consumo por cultura e crescimento por propósito. A pandemia acabará por desaparecer, mas as memórias e emoções em torno de como as marcas agiram durante esse período não desaparecerão facilmente.