Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard Brasil

Conhece a Geração C?

Pela primeira vez temos uma geração conectada pelo comportamento de vida e mentalidade e não pela faixa etária: é a Geração C. Conexão, curadoria, criatividade e comunidade são os 4 C’s que unem essa geração, de acordo com o relatório “Gen C: Nova Sensatez Virtual”, estudo realizado pela FleishmanHillard. O levantamento explora uma nova mudança cultural e traz percepções sobre como nossos comportamentos e expectativas de marca estão se transformando em meio à pandemia e devem permanecer no pós-covid. Neste cenário 73% dos entrevistados dizem que a pandemia mudou a forma como eles veem o mundo, 52% pretendem que as mudanças em seus comportamentos de compra continuem quando a pandemia acabar, 39% estão se exercitando mais e 26% pararam de comprar delivery não saudáveis.

A mudança de onde e como socializar, divertir, comprar e consumir está colocando diferentes demandas nas indústrias e continuará fazendo isso. Seja facilitando novos hobbies ou ajudando na aquisição de habilidades, as marcas precisam pensar estrategicamente sobre como criar impressões que podem se tornar associações positivas. O levantamento identificou 306% maior valor vitalício em clientes com relacionamento emocional com uma marca; e 71% mais propensos a recomendar uma empresa, em vez da taxa média de 45%.

Digital ou não, a pandemia oferece uma oportunidade de simplesmente pensar fora da caixa. As marcas estão sendo aplaudidas (e vaiadas) sobre se estão atendendo às expectativas de necessidade e união social: 62% das pessoas consideram como uma empresa se comporta ao responder a questões de raça ou gênero antes de comprar produtos e 32% dizem que é importante para o CEO tomar uma posição sobre as questões relacionadas à desigualdade social.

“A Gen C busca conexões autênticas e se envolve em todas as telas e mídias, ou seja, não há uma receita de como alcançá-los. Terão mais chances de conquistar o engajamento autêntico dos consumidores, as marcas que apostarem em amplificar seus valores em torno de inclusão e propósito”, informa Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard.

Comportamento de compra
Com o consumo priorizado de acordo com as necessidades mais básicas, houve o aumento da compra de categorias ter prioridade sobre a compra de marcas. Os consumidores estão comprando ativamente produtos de origem local e artesanais, enquanto apoiam as lojas da comunidade. As categorias de produtos com a maior taxa de teste para novas marcas são: 24% bens embalados e bebidas; 20% produtos de higiene doméstica; 13% alimentos frescos e orgânicos; e 13% produtos de cuidado pessoal.

Nas redes sociais, o relatório identificou que 25% das postagens referentes à compra online durante a pandemia foram relacionadas a problemas com entrega, estoque e disponibilidade. Sobre o comportamento de consumo: 70% continuariam com a frequência de pedidos de delivery pós-pandemia; 33% têm ou planejam apoiar empresas locais durante a pandemia; e 36% utilizaram serviço de entrega ou retirada.

Prioridades da Geração C
O levantamento ainda mostra que 16% das pessoas ouvidas planejam jogar menos videogames, passar menos tempo nas redes sociais, consumir menos TV ou filmes e não comprar itens não essenciais online, na contrapartida 20% dizem que planejam assistir a mais cobertura de notícias, mais serviços de streaming e vídeos; 26% planejam continuar socializando com a família; e 40% planejam continuar se exercitando após a pandemia.

No tripé vida, trabalho e sociedade, a Gen C encontrou novas maneiras de viver, eles substituíram sucesso por equilíbrio, mobilidade por mutualidade, consumo por cultura e crescimento por propósito. A pandemia acabará por desaparecer, mas as memórias e emoções em torno de como as marcas agiram durante esse período não desaparecerão facilmente.

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Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard Brasil

Conhece a geração C?

Autor: Felipe Vanni
Já ouviu o termo Geração C? Talvez já tenha ouvido os termos Geração X, Y, Z, ou até mesmo millennials, que é apenas outra maneira para se referir ao grupo Y, nascido entre os anos 1980 e o começo dos anos 2000. O “C” nessa nomenclatura se refere a connected e collective, conectado e coletivo, respectivamente. Essa é uma geração que transcende as barreiras cronológicas, porém para entendê-la é preciso falar um pouco sobre os millennials.
A geração millennial nasceu uma época de acelerado desenvolvimento tecnológico, além de grande prosperidade econômica. Eles estavam aqui quando a internet surgiu, e isso mudou completamente o mundo inteiro. A globalização surgiu nessa geração, e foram seus representantes que aprenderam e mudar o mundo através dela, construindo pontes e derrubando muros.
A um clique de resolver problemas os millennials cresceram com um mindset focado no alcance da tecnologia. O que refletiu no seu comportamento como trabalhadores e consumidores. A tendência comportamental é a de se conectar, produzir conteúdo, de interagir, compartilhar, resolver imediatamente e estar sempre disponível, ativo, interessante. As relações via mídias sociais impulsionou a origem da Geração C.
Comprar e vender produtos ou serviços para o millennial se tornou uma tarefa que demandava conectividade, inovação e atualização. É por isso que as empresas das gerações anteriores começaram a remoldar seus modelos de negócios para se adequar a essas posturas. Para atingir a esse consumidor era preciso pensar como ele, e consequentemente produzir conteúdo focado em seu comportamento.
Esse grupo, composto por millennials e membros de outras gerações que se propuseram a encarar o mundo dos negócios com o mesmo olhar dos millennials, passou a se organizar pelo seu modo de agir, pensar e se relacionar de forma conectada. Eles são o que chamamos de Geração C. Ela é a prova máxima da necessidade de adequação de qualquer estratégia de comunicação para um cenário onde a conectividade seja protagonista.
As estratégias de marketing se focaram nas relações humanas. A produção de conteúdo gratuito para atingir o cliente, assim como o diálogo com ele de forma mais próxima e individual, são as características de personalização que ditam as regras de negócios. As pessoas de hoje, já não são influenciadas por propagandas na TV, eles procuram por resenhas em blogs antes de comprar algo, o conteúdo conta mais do que tudo e eles não estão satisfeitos em comprar, querem se relacionar com as marcas, e utilizam as redes sociais para isso.
Buscam se sentir incluídos, participantes dos processos de criação. Toda essa proximidade e relação permite a eles um comprometimento em maior escala. Eles serão clientes fieis, assim como trabalhadores mais dedicados. Aos mais velhos de casa cabe se inserir no grupo, buscar aprender mais e se “enturmar”. Essa Geração C tem espaço para todos, desde que o seu guia seja a inovação e a conexão.
Felipe Vanni é proprietário da Hugny.

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