Autor: Dan Novais
Os gênios da arquitetura de TI já estão planejando as capacidades da próxima geração de Master Data Management (MDM), Gestão de Dados Mestres, para atender a demanda de uma sociedade cada vez mais móvel. Essas capacidades são necessárias para abordar as oportunidades e os desafios de uma crescente “economia em rede”. Para muitas empresas Global 5000, MDM é uma estratégia de negócios em voga no que diz respeito a dados mestres de cliente ou produto. Ou era assim que pensavam. Com a tempestade das informações móveis, rede social, nuvem e tempo real se formando, essas arquiteturas MDM que já estiveram na crista da onda estão rapidamente se tornando obsoletas ou “minas de dinheiro de TI”.
Como os dados mestres são necessários para criar vantagem competitiva, aumentar os níveis de serviço ao cliente e impulsionar ofertas combinadas de produto/serviço, as soluções MDM precisam adotar as capacidades da TI da próxima geração (por exemplo, reconhecimento da localização, tecnologias não-SQL tais como Hadoop e banco de dados gráfico, Big Data analítico, etc.) para atender tais necessidades. Mas é fato que a MDM é fundamental para extrair valor das informações, sejam Big Data ou não, nuvem multilocatário ou no local, móvel ou estática. Além disso, as soluções MDM de próxima geração precisam transcender às limitações das atuais plataformas MDM no que diz respeito à amplitude e profundidade de uma “visão única”. Os domínios da próxima geração precisam alavancar todas as capacidades ocultas das redes internas/corporativas e externas/públicas para enriquecer e confirmar a informação que compõem os ativos mais importantes de qualquer empresa – seja qual for sua localização geográfica, setor ou tamanho.
As megatendências, tais como dispositivos móveis, redes sociais, nuvem e informação em tempo real estão tendo um papel importante, acentuando o valor dos negócios à medida que as empresas se transformam para atender a realidade analítica do Big Data habilitada por MDM. Ao mesmo tempo, essas tendências colocaram uma pressão considerável nas capacidades das atuais soluções MDM. Você teria muita dificuldade em encontrar neste ano um executivo sênior de uma grande empresa que não tenha ficado na frente de seus funcionários, clientes ou acionistas para dizer que os dados mestres corporativos são um bem importantíssimo e como tal devem ser cultivados e protegidos… e depois dizer que a “Visão Única do Cliente” será a iniciativa corporativa para fortalecer o e-commerce, melhorar a qualidade do atendimento ao cliente, fazer vendas cruzadas para aumentar a participação no bolso do cliente, cumprir as leis, as regulamentações e outras coisas mais.
Este ano, o tópico de direito nas salas de reuniões é Big Data e seu conterrâneo, o Big Data Analítico. Parece familiar? Não há dúvidas que MDM e Big Data são codependentes. O fato é, sem dados mestres consistentes uma empresa não consegue diferenciar e medir “quem” está tuitando, blogando, curtindo “sobre qual” produto ou serviço. E ambas as estratégias de MDM e Big Data exigem uma dose saudável de Governança de Dados para ter custo-benefício e ser mensurável e sustentável.
Dan Novais é vice-presidente Latam da Pitney Bowes