Consumo nacional deve chegar a R$ 4,2 tri

O IPC Maps mostra que o consumo nacional tem fôlego para atingir R$ 4,2 trilhões, se igualando aos níveis de consumo de 2011 quando comparados com os valores sem considerar a inflação. Serão gastos R$ 300 bilhões a mais que em 2016, indicando crescimento real estimado em 0,42%. O desembolso desses recursos nos 22 itens da economia permanece maior no interior dos Estados sobre as capitais, que melhoraram minimamente o seu perfil de consumo.
O fenômeno da interiorização no consumo que percorre o Brasil alcança 70,15% de tudo que será consumido pelos brasileiros em 2017, pouco acima de R$ 2,9 trilhões, já considerando o atual cenário de retração econômica nacional. O estudo mostra que esse fenômeno não é novo, e que vem se evidenciando desde 2015 quando a movimentação do consumo fora das Capitais bateu os 70%. Atualmente, resta às capitais estaduais pouco menos de 30,0% (próximo de R$ 1,3 trilhão), uma participação que por longos anos espelhava mais da metade do consumo nacional.
Focando a renda nas mãos do consumidor, os dados analisados pelo IPC Maps indicam não só que a movimentação de recursos evoluiu pelas cidades interioranas, como também um diferencial na criação de novas empresas acompanhando uma alternativa ao empreendedorismo no País. De acordo com o responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, “este cenário pode contribuir para se traçar um novo horizonte de oportunidades competitivas para a economia, impulsionando a ocupação da mão-de-obra e o consumo por produtos e serviços”.
Os reflexos participativos regionais mostram pequenos ajustes, mantendo praticamente os números do ano passado. A liderança no consumo é marcada pelo Sudeste registrando uma participação de 48,78% (pouco inferior aos 49,04% do ano passado).  O mesmo ocorrendo com o Nordeste: 18,84% (contra os 19,03%) e o Centro-Oeste elevou para 8,51% o consumo que era de 8,4%.  O Sul alcançou 17,94% (onde eram 17,58%), e o Norte do País registra 5,93% ante os quase 6% alcançados em 2016.
BASE CONSUMIDORA
O IPC MPS 2017 indica que o cenário de consumo urbano do País será puxado pela classe B e que responde por 42,9% (cerca de R$ 1,674 trilhão superior ao registrado em 2016, de R$ 1,554 trilhão), com 23,1% dos domicílios urbanos. Em contrapartida, a classe média (classe C) que mantém os 47,9% dos domicílios brasileiros, movimenta 33,9% do consumo (ou R$ 1,324 trilhão) ante os 33,6% do ano passado. A classe D/E permanece abrigando 26,6% dos domicílios, perfazendo 10,3% do consumo, ou R$ 402,1 bilhões. No topo da pirâmide, a classe alta (A) baixou sua participação para 12,9 ante os 13,4% do consumo de 2016, correspondendo a R$ 503,6 bilhões, conquistado por 2,4% dos domicílios. Em termos globais, a área rural do País deve responder por um consumo da ordem de R$ 300 bilhões – contra os R$ 265,5 bilhões registrados em 2016.
HÁBITOS DE CONSUMO
Os itens básicos lideram o consumo, como manutenção do lar 26,7% (incorporam despesas com aluguéis, impostos, luz-água-gás); alimentação 17,1% sendo 11,9% no domicílio e 5,2% fora dele; 1,2% com bebidas; transportes 7,5%, sendo 4,7% com veículo próprio e transporte urbano 2,8%; saúde, medicamentos, higiene pessoal e limpeza 8,8%; vestuário e calçados 4,8%;  materiais de construção 4,4%; seguidos de recreação  e viagens 3,3%; eletrônicos-equipamentos  2,3%; educação  2,2%;  móveis e artigos do lar 1,9% e fumo 0,6%.
FAIXAS ETÁRIAS
No estudo deste ano, o viés do consumidor indica que a sociedade brasileira contará com 207,7 milhões de pessoas, sendo 175,9 milhões na área urbana. É de se destacar que a faixa etária economicamente ativa, dos 18 aos 59 anos, representa 60% da população, com um universo de 125,3 milhões de pessoas, em quantidades equilibradas entre homens e mulheres. Os idosos, na faixa dos 60 ou mais, já somam 25.9 milhões onde se concentram 56% de idosas. Os jovens e adolescentes dos 10 aos 17 anos chegam a 26,8 milhões.  Já a população infantil, de 0 a 9 anos, compreende 29,7 milhões.
A análise é resultado da compilação dos dados de potencial de consumo dos municípios do Interior dos Estados, em comparação com o consumo nas Capitais, usando informações do IPC Maps entre 2016 e 2017, feito pela empresa especializada em informações de mercado, a IPC Marketing Editora. O estudo se baseia em dados secundários, atualizados e pesquisados através de fontes oficiais de informação como as do IBGE, utilizando metodologia própria, em uso há mais de 20 anos.

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