A 15ª Pesquisa Anual da FGV-EAESP (Fundação Getúlio Vargas – Escola de Administração de Empresas de São Paulo) sobre o Mercado Brasileiro de Informática e Uso nas Empresas, divulgada em março, revela que os investimentos em Tecnologia da Informação (TI) aumentaram, chegando a 4,9% do faturamento das empresas.
Segundo a pesquisa, os gastos com TI cresceram cerca de 9% ao ano desde 1998, passando de 2% em 1992 para 4,9% em 2004. Outra pesquisa, organizada pela IDC – International Data Corporation, líder mundial em informações sobre mercado de tecnologia de informação, divulgada no final de março, revelou ainda que os gastos mundiais com TI crescerão 5% em 2004.
Segundo a instituição, os gastos com as tecnologias deverão ultrapassar US$ 1 trilhão em 2006, em todo o mundo. A expectativa de aumento dos investimentos neste setor é de 6,5% em 2005, 6,8% em 2006 e 6,4% em 2007.
Tal crescimento pode ser exemplificado pelos investimentos realizados pelas instituições de saúde (hospitais, clínicas, centros médicos, planos de saúde, etc). Este setor já percebeu os benefícios da utilização da TI em seus processos e começam a colher os frutos dos investimentos.
“O mercado de saúde está se profissionalizando cada vez mais, consequentemente o nível de exigência tem aumentado ano a ano. Hoje, principalmente nos hospitais de grande porte, percebemos que há uma preocupação maior em relação à estrutura de TI. Estas instituições já estão destinando parte de seus orçamentos aos investimentos com tecnologia da informação”, comentou Walter Amorim, Diretor Presidente da WPD Tecnologia, empresa fabricante de softwares de gestão hospitalar e líder no segmento de hospitais privados.
O Hospital Felício Rocho, um dos maiores e principais centros médicos do país, localizado em Minas Gerais investiu, aproximadamente, R$ 850 mil para implantar o software de gestão hospitalar da WPD e adquirir toda a infra-estrutura necessária, como servidores, micros computadores, etc. Mais de 400 usuários utilizam o sistema, que foi instalado em 250 estações de trabalho. O Hospital Felício Rocho atende cerca de 50 mil pessoas nos ambulatórios e realiza 1200 internações por mês.
O Hospital Santa Lúcia, do Distrito Federal, investiu mais de R$ 500 mil na implantação dos softwares de gestão hospitalar da WPD. Segundo Abi Odun Kalejaye, gerente de Informática do Hospital, o principal objetivo do hospital ao investir em TI é ter mais controle dos processos de uma maneira geral e oferecer mais agilidade e qualidade de atendimento aos pacientes. “Conseguimos estabelecer a fidedignidade das contas com os sistemas de tecnologia, que registram, exatamente o que foi gasto, quando, porque, como, etc, e isso é muito importante para o hospital. Além disso, diminuímos em mais de 50% o número de glosas, o que representa um ganho enorme”, comentou o gerente.