Cresce inadimplência com cheques

O percentual de devoluções de cheques por insuficiência de fundos foi, pela segunda vez, de 2,02% no mês de agosto, é o que revela o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. No mesmo mês do ano passado, esse percentual foi de 1,87%. Este é segundo o maior nível de inadimplência com cheques para um mês de agosto desde o início da série histórica em 1991, perdendo apenas para agosto de 2006 (2,04%). Em relação a julho/14 houve, porém, redução da inadimplência com cheques dado que, no mês passado, o percentual foi de 2,24%.
Já no acumulado dos primeiros oito meses deste ano, o percentual de devoluções foi de 2,10%. No mesmo período do ano passado, esse percentual era de 2,05%. 
Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência com cheques revela a crescente dificuldade que o brasileiro está encontrando para honrar seus compromissos financeiros. Enfraquecimento do mercado de trabalho, juros dos empréstimos em elevação e a estagnação da economia contribuem para reforçar este cenário adverso no que diz respeito à inadimplência com cheques.

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Cresce inadimplência com cheques



Segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques sem Fundos, em novembro de 2008 foram devolvidos 21,6 cheques sem fundos a cada mil compensados. O índice é o maior registrado em 2008. Houve um aumento de 12,5% no volume de cheques devolvidos a cada mil compensados na relação entre novembro de 2008 e novembro de 2007, quando foram devolvidos 19,2 cheques por mil compensados. A inadimplência com cheques também cresceu no acumulado do ano. De janeiro a novembro de 2008, houve um aumento de 1% no volume de cheques devolvidos a cada mil compensados em relação ao mesmo período de 2007.

 

Para os técnicos da Serasa Experian, a inadimplência com cheques devolvidos por falta de fundos está em alta. Novembro carrega a sazonalidade dos indicadores de inadimplência, maiores no último trimestre por conta do descontrole no uso dos cheques pré-datados nas compras do Dia das Crianças. Este mês bateu o recorde no volume de cheques devolvidos a cada mil compensados, devido às questões conjunturais: juros mais altos e menor oferta de crédito – efeitos da crise global -, aliados ao maior endividamento de parte da população. Esses fatores justificam todos os crescimentos na inadimplência com cheques nas comparações temporais observadas.

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