O cenário econômico da temida crise fez muitos empreendedores investirem em novos modelos de negócios. Inclusive a migração da loja física entre a virtual. Só no primeiro semestre de 2015, 55 mil novos e-commerces foram criados, cerca de 42% a mais do que o mesmo período no ano passado. Em paralelo, segundo dados do E-bit, o comércio eletrônico brasileiro teve faturamento de R$ 18,6 bilhões de janeiro a junho deste ano, 16% a mais do que em 2014. A projeção é que o faturamento deste ano chegue a R$ 41,2 bilhões.
Mesmo com dados tão positivos, investir em uma estratégia multicanal requer atenção. Como explica Marlety Gubel, fundadora da Full Commerce Brasil, empresa especialista em gestão e execução de estratégias com foco no desenvolvimento multicanal, é preciso conhecer o cliente que se deseja atingir. Bem como entender o perfil de consumo dele: como busca produtos, informações e como prefere ser abordado pela marca. “A experiência com a marca precisa ser efetiva, o consumidor precisa observar a empresa como alguém que o conhece, que conversa com ele de forma precisa” afirma ela.
Uma pesquisa recente da Nielsen mostra que 55% dos consumidores já fazem suas compras utilizando mais de três canais. Entretanto, mesmo com a presença essencial do digital, 80% do varejo no Brasil acontece pelo físico, ou seja: ainda é extremamente importante no mercado. Contar com apoio que ajude a colocar em prática toda essa transição pode fazer a diferença a curto e longo prazo. “Não basta só planejar um caminho. É preciso colocar em prática ações estratégicas que levem em conta diversos setores do varejo como área financeira, permissões legais, desenvolvimento da gestão da cadeia logística, transporte, armazenamento, efetividade da plataforma, questões tecnológicas, recursos humanos e materiais”, defende Martlety.
