Da necessidade para inovação

Com o avanço da tecnologia veio também um cliente mais informado e mais engajado. Pautado por mais diferentes conceitos, ele passou a valorizar mais as experiências do que os produtos, bem como a ter uma maior consciência sobre sua forma de consumo. “Ele entende o impacto de sua ação no mundo e busca comprar de empresas que sejam coerentes com seus propósitos, que buscam contribuir para esse mundo mais justo, inclusivo e divertido”, aponta Trícia Neves, sócia-diretora da Mapie, empresa de gestão estratégica e consultoria hoteleira. Além disso, as pessoas hoje também se sentem mais atraídas por negócios que possuam a inovação como base, oferecendo experiência cada vez mais disruptivas. Como resultado, o mercado teve que se adaptar para conseguir acompanhar as necessidades e as demandas do público, criando uma ótima oportunidade para o desenvolvimento da economia compartilhada.
De acordo com Trícia, um dos fatores que mais chama atenção, hoje, das companhias nascidas na economia colaborativa é que elas trazem soluções exponenciais e que proporcionam acesso a um grande número de pessoas, seja para comprar o serviço, como para trabalhar. “Essas empresas podem proporcionar experiências autênticas e oportunidade de experimentar o novo, que também é muito valorizado neste mundo tão cheio de informações e ofertas”, diz. E, por mais que esse já seja um modelo de negócio que prospera no presente, demonstra que, no futuro, permanecerão aqueles que tiverem um olhar mais apurado no cliente e nas vivências humanas. “Essa economia tem suprido um papel de conectar a necessidade (do cliente) com a solução (do prestador do serviço). Esta tendência é chamada de H2H (Human to Human), onde o papel dos negócios é conectar humanos com outros humanos.” 
Independente do quão inovador e essencial um serviço criado nesse segmento possa ser, a boa experiência que os primeiros consumidores tiveram é o que mais chama atenção para a chegada de novos clientes. Como comenta a executiva, a reputação construída com esses usuários pioneiros foi o que fez criar o valor de marca, possibilitando ela continuar e crescer no mercado. “E reforço que negócios que pensam no bem-estar no todo influenciam o desejo do consumidor de também contribuir com um mundo melhor e com um lugar onde possamos viver com qualidade”, adiciona. 
Se antes havia um nicho específico de público que procurava pela economia compartilhada. (jovem, mais conectado e voltado para essa demanda de novas tecnologias), Hoje, diversas pessoas passaram a aderir a ela. “Nossos pais já andam de carros pretos por aí e aceitaram alugar aquele apartamento confortável que substitui o hotel nas férias. O cliente da economia compartilhada é aquele que consegue ver o benefício do modelo e o impacto na sua própria vida.” Uma prova de que esse modelo já deixou de ser uma inovação e se transformou em uma realidade. Ou como aponta Trícia, “um lugar comum” na sociedade.

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