Após ter reduzido a taxa de expansão de 2,7% (1º trimestre de 2010) para 1,2% (2º trimestre de 2010), a economia brasileira abriu o terceiro trimestre reforçando a trajetória de desaceleração. O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB mensal), recuou 0,2% em julho de 2010 frente ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Na comparação com o mês de julho de 2009, o crescimento econômico brasileiro atingiu 6,5% fazendo com que, no acumulado dos primeiros sete meses de 2010, a expansão da atividade econômica registrasse 8,5% (em relação período de janeiro a julho de 2009).
Pelo lado da oferta agregada, o recuo de 0,2% em julho foi determinado pela queda de 1,2% na atividade do setor industrial e, em menor escala, pelo recuo de 0,1% do setor de serviços. Somente o setor agropecuário exibiu desempenho positivo no mês de julho de 2010 (crescimento de 1,7% frente a junho de 2010). Sob o prisma da demanda agregada, os investimentos (formação bruta de capital fixo), recuando 1,9%, e as exportações de bens e serviços (queda de 1,8%) foram os responsáveis pela retração da atividade econômica em julho/10.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o fim dos estímulos fiscais à aquisição de veículos, o aperto monetário conduzido pelo Banco Central, o efeito “copa do mundo”, o enfraquecimento da economia mundial, sobretudo nos países mais desenvolvidos, e o maior grau de endividamento dos consumidores estão entre os elementos que justificam esta trajetória de crescimento mais moderado da economia brasileira.