Há cinco anos, a Dori Alimentos, empresa do ramo alimentício, atingiu níveis de produção que requeriam automação dos processos e gerenciamento para garantir prazo, qualidade e continuidade de crescimento. Em 1998 a companhia tinha oito mil clientes, esse número saltou para 100 mil, em 2003. Para suportar esse incremento de 1.250% a empresa adotou, em 2000, o Baan ERP IV c4, da Baan, especializada em soluções para gestão industrial.
“Usávamos um sistema Cobol de desenvolvimento caseiro e o maior problema era a falta de integração e de recursos como o de gestão da produção, rastreabilidade de lote, controle, QMS (serviço para manutenção industrial), encontrados no módulo process, do ERP da Baan”, diz Fernando Torraca, gerente de TI da Dori.
A ferramenta controla a produção de 500 produtos diferentes destinados ao mercado brasileiro, mais os de exportação. Agora, tudo está on line e integrado, e os pedidos chegam via internet.
Segundo Torraca, a integração entre as áreas administrativa e de produção permitiu o gerenciamento de informações e o controle dos processos, com recursos que auxiliam a tomada de decisão. Neste sentido, a empresa adotou outra ferramenta da Baan, o BI – Business Intelligence ou inteligência empresarial, que extrai informações gerenciais do sistema ERP, gerando índices de desempenho da empresa como um todo e de suas áreas, propiciando ampla visão aos gestores.
O objetivo da Dori é estabilizar-se neste patamar de mercado, abrir filiais, aumentar o volume de produção, construir novos centros de distribuição e ajustar níveis de estoque. Pretende também fazer ajustes na logística e a partir daí, projetar novas metas de crescimento. Segundo o gerente de TI, o ERP é imprescindível para manter essas metas. “O Baan está totalmente adequado aos processos da Dori e à realidade brasileira. Essa tropicalização vem de muito tempo. Em 98, já fazia 10 anos que o módulo finance estava localizado”, comenta.
A implantação do Baan IV ocorreu por etapas, a partir de 2000. O primeiro a rodar foi o módulo finance que faz a parte contábil. Em seguida, foi a vez do distribution, responsável pelo faturamento, compra, estoque e fiscal. No fim de 2000, 100% do sistema já estava instalado e, dois anos depois, já tinha implantado 100% da capacidade total de uso. As customizações foram mínimas, concentraram-se nos módulos de carregamento e faturamento. O investimento envolveu a aquisição das licenças, hardware e horas de consultoria. Cerca de US$ 150 mil dólares, em hardware e US$ 90 mil, em consultoria. Toda a implantação foi acompanhada pela Baan e, atualmente, é feita pela parceira Improve.