E agora varejista?

Autor: Marcelo Murin
 
A Copa do Mundo frustrou o varejo, a economia nacional tem gerado grandes sobressaltos, o cenário político é instável diante de eleições majoritárias. Já se passaram quase oito meses de 2014, e tudo aquilo que se projetava ao início do ano não vem acontecendo. O nível do consumo no varejo tem apresentado resultado muito abaixo das expectativas, que se apresentavam bem ambiciosas no planejamento do ano.
Estamos entrando na reta final do ano, período em que historicamente o consumo e as vendas tendem a crescer. Entretanto, o que vemos nas ruas não é o mesmo otimismo de outros tempos. Bem ao contrário, percebe-se uma grande expectativa do que poderá vir pela frente em meio a tanta incerteza. Diante disso, o que fazer? 
 
Apesar de todo este cenário, a vida precisa continuar e o varejo depende do consumo e de suas vendas para sobreviver, obviamente. Então, não há alternativa: mãos à obra! Não adianta ficar se lamentando, assistindo os dias passarem e a pilha de contas a pagar aumentando ao seu lado. Temos que partir para a ação. Certamente existem muitas coisas que podem ser realizadas, dependendo do segmento em que se atua e do tamanho de seu negócio. E aqui vão algumas dicas para você pensar:
 
– Planeje suas ações – faça um diagnóstico da situação de seu negócio e com base em seu conhecimento do cliente, liste de três a cinco ações que você pode tomar rapidamente e de simples implantação, que irão satisfazer seus clientes;
– Avalie seus estoques – identifique como está seu nível de inventário e defina quais itens que você pode utilizar para atrair seus clientes;
– Estude seus preços – avalie possibilidades de redução de margens nas categorias e/ou produtos aos quais você tenha certeza que tenham apelo junto aos seus clientes. Faça promoções de rebaixa de preços e/ou packs promocionais;
– Ative a comunicação – é hora de falar mais de perto com seus clientes. Abra ou intensifique um canal de comunicação direto com eles. Hoje existem várias formas de se fazer isso, é só você ficar atento as possibilidades e agir;
– Faça testes – claro que você não precisa implantar várias coisas ao mesmo tempo. Vá experimentando ações diferentes e expandindo aquelas que derem melhor resultado. Busque fazer diferente do que sua concorrência tem feito. Inove!
Não tenho aqui a intenção de esgotar o tema, mas sim de despertar sua necessidade de ação. Cada um conhece seu negócio, sua realidade e suas necessidades e certamente pode planejar as ações com muito mais propriedade do que qualquer outro. Sem dúvida não serão meses fáceis para ninguém, mas pense sempre que apesar da redução geral do consumo, algumas pessoas continuarão a fazê-lo, e nesta hora faça o possível e o impossível para ser a loja escolhida pelo consumidor.
Marcelo Murin é administrador de empresas com especialização em marketing e sócio-diretor da Sollo Direto ao Ponto

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