Tiago Baeta, fundador do E-Commerce Brasil

E-commerce brasileiro fatura mais de R$ 160 bi no primeiro semestre de 2024

Estudo feito pela Nielsen Consumer LLC revela crescimento do setor, além de um faturamento de R$1,4 trilhões nos canais de venda eletrônica do país

O comércio eletrônico brasileiro continua a se expandir fortemente, mostrando um crescimento robusto tanto no faturamento quanto no número de consumidores ativos. Conforme o estudo Webshoppers 50, realizado pela Nielsen Consumer LLC, no primeiro semestre de 2024, o e-commerce brasileiro alcançou um faturamento de R$160,3 bilhões, marcando um crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este crescimento reflete uma tendência positiva contínua, com uma variação de 18,7% no volume de vendas comparado ao primeiro semestre de 2023.

Segundo Tiago Baeta, fundador do E-Commerce Brasil, “o crescimento observado no primeiro semestre de 2024 é um indicativo claro de que o comércio eletrônico no Brasil está se consolidando como um dos pilares fundamentais da economia digital. A diversificação dos produtos oferecidos e a melhoria contínua na experiência do consumidor têm sido fatores fundamentais para a expansão do setor. Entretanto, é essencial que as empresas mantenham o foco na inovação e na eficiência operacional para continuarem competitivas em um mercado que se torna cada vez mais exigente.”

O número de consumidores ativos no e-commerce também apresentou um crescimento significativo, com um aumento de 32% em comparação ao primeiro semestre de 2023. Este crescimento é impulsionado por uma diversificação das categorias de produtos e uma melhora na experiência de compra on-line.

Entre as categorias que se destacaram, Eletrodomésticos lidera com um crescimento de 24,5% no GMV (Gross Merchandise Value) e um aumento de 28,2% em pedidos. As categorias de giro rápido, como Alimentos e Bebidas, e Perfumaria e Cosméticos, também mostraram desempenho robusto, contribuindo significativamente para o crescimento geral do setor.

As regiões do Brasil mostraram um crescimento duplo dígito em vendas online. A Região Norte, embora menos representativa com uma participação de 4% do total de vendas, teve um impressionante aumento de 47,9% em comparação ao ano anterior. No Sudeste, que representa 56% do mercado, o crescimento foi de 18,5%. O Nordeste e o Centro-Oeste também apresentaram crescimentos notáveis de 19,6% e 11,4%, respectivamente.

“O aumento expressivo das vendas em todas as regiões do Brasil mostra como o e-commerce está rompendo barreiras geográficas e alcançando uma base de consumidores cada vez mais ampla. O destaque para o crescimento no Norte, que, apesar de ainda representar uma pequena parcela do total de vendas, apresentou um salto significativo, reflete a crescente inclusão digital e a adaptação das operações de e-commerce às particularidades locais. Isso reforça a importância de estratégias regionais personalizadas para capturar as oportunidades de mercado em cada parte do país”, analisou Baeta.

Crescimento nas lojas on-line

O estudo também destaca uma mudança significativa na operação das lojas on-line. As lojas exclusivamente on-line (Pure Players) mostraram um crescimento de 13,1% em faturamento, enquanto as lojas físicas com presença online (Brick & Click) enfrentaram uma retração de 8,1%. As lojas categorizadas como “Outros” também experimentaram uma queda de 14,7% em faturamento.

A pesquisa revelou que a facilidade de pagamento e a variedade de sortimento são cruciais para a satisfação dos consumidores. No entanto, plataformas lentas e opções de pagamento inadequadas foram identificadas como principais pontos negativos por detratores. A avaliação da eficiência do serviço de entrega e da comunicação para devoluções também foi destacada como importante para a experiência de compra.

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