O primeiro semestre do ano trouxe bons frutos para o comércio eletrônico no Brasil. De acordo com dados contidos na 20ª edição do Relatório WebShoppers, realizado pela e-bit, que conta com o apoio da camara-e.net, o faturamento para o setor foi de R$ 4,8 bilhões. Esse valor representa um aumento de 27% em relação ao primeiro semestre de 2008, quando registrou R$ 3,8 bilhões. O tíquete médio elevado, cerca de R$ 323, foi uma das principais características dessa primeira metade do ano. Isso porque os adeptos das compras on-line optaram por produtos de maior valor agregado.
A confiança e a satisfação do consumidor foi colocada em evidência no primeiro semestre de 2009. De acordo com levantamento feito pela e-bit, em parceria com o Movimento Internet Segura (MIS), comitê da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), mais de 86% dos consumidores brasileiros estão satisfeitos com o comércio virtual. Para Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, o comércio eletrônico tem a capacidade de surpreender até mesmo os mais otimistas. “O faturamento alcançado nesses primeiros seis meses do ano supera as expectativas.”, afirma Guasti.
O segundo semestre também deve alcançar números importantes, já que costuma participar com 55% do faturamento anual do canal. No período, espera-se que as lojas virtuais atinjam R$ 5,8 bi em vendas de produtos pela Internet (excluindo passagens aéreas, automóveis e leilão virtual). Outro fator contribuinte para o bom desempenho no 2º semestre é a participação de datas sazonais. Esse é o caso do Dia dos Pais (25/07 a 08/08), Dia das Crianças (27/09 a 11/10) e, principalmente, o Natal (15/11 a 23/12) que é a data comemorativa mais aquecida do ano. A expectativa da e-bit é que o e-commerce feche 2009 com mais de 17 milhões de pessoas que já compraram pela internet ao menos uma vez.
Descentralização – Há algum tempo o comércio eletrônico vem sentindo um fenômeno de descentralização das lojas virtuais. As pequenas e médias empresas vêm ocupando cada vez mais a fatia que antes pertencia somente às grandes varejistas. Para ilustrar esse acontecimento, a e-bit fez um levantamento comparativo sobre a participação no mercado do 1° semestre de 2009 em relação ao 1° semestre de 2008 que aponta que os dez maiores varejistas perderam 5,5 pontos percentuais. Em contrapartida, o “long tail”, que engloba pequenas e médias varejistas, ganhou 1,6 ponto percentual em participação comparando-se o mesmo período.
Guasti afirma que a confiança que o canal traz ao consumidor, além da maior conscientização no ato da compra, continuam sendo fatores contribuintes para essa tendência no cenário do e-commerce: “Os consumidores estão mais informados a cada dia e orientados a fazerem uma compra com segurança, potencializando as oportunidades para lojas de pequeno e médio porte”, explica.