E-commerce ou marketplace, por onde começar?

Autor: Dannyel Filgueiras
O varejo digital está cada vez mais em alta e isso faz com que os vendedores comecem a criar canais virtuais para suas vendas. Porém, sempre surge uma dúvida comum: por onde devo iniciar? Marketplace, e-commerce ou os dois? Para tomar esse tipo de decisão, é preciso entender a diferença e as possibilidades de cada um deles.
O primeiro passo para escolher entre um marketplace ou um e-commerce é entender que tipo de público deseja atingir. Dessa forma, as ações são mais direcionadas e o retorno positivo. Assim como os shoppings, os marketplaces contam com uma grande transição de visitantes, onde diversas lojas vendem produtos no mesmo lugar. Além de aproveitar benefícios como tráfego, mídia e segurança, que são de responsabilidade do centro comercial, as lojas precisam cumprir as regras do conjunto, além de pagar uma taxa pelo uso do “espaço”.
Por outro lado, quando o lojista opta por investir em um e-commerce, ele terá direito a criar sua loja virtual para comercializar todos os seus produtos. Quando a opção escolhida for essa, é necessário entender que algumas estruturas ficam sob responsabilidade do empreendedor, como por exemplo, design do site, regras de negócios, marketing, investimentos e riscos.
Um ponto muito importante a se observar é o tráfego. Como o consumidor vai chegar à sua loja? Ele precisa saber que ela existe e investir na divulgação para tornar seu site conhecido é primordial. Não existe o melhor canal para isso, pois você pode optar pelas redes sociais, pelo boca a boca, por anúncios, ou outros meios alternativos. A forma é você quem escolhe. Criar uma marca, ganhar visibilidade e confiança é uma tarefa trabalhosa e demorada, mas que no final traz resultados qualificados se feito da maneira correta.
O marketplace, por exemplo, faz a divulgação para aumentar o tráfego em seu site e sua loja pega carona nessa oportunidade. Quando o consumidor clica em algum produto que você comercializa, sua loja é promovida e ganha mais relevância. Nesse ponto, ele pode buscar por seu e-commerce e comparar as condições da sua loja x marketplace.
Outros pontos são a segurança e fidelidade. No e-commerce, o lojista é responsável por todas as operações e riscos. Por isso, investir em meios de pagamentos é uma ótima forma para fidelizar o cliente. Por outro lado, o marketplace tem a vantagem de ter consumidores fidelizados, que já confiam no site. Neste caso, eles assumem os riscos financeiros, fraudes, chargeback e tornam a operação mais confiável para aqueles consumidores mais desconfiados.
Acredito que uma plataforma complementa a outra, só depende do que se vende. Se a loja vender produtos de nicho, é preciso investir em divulgação e nada melhor que ter seu próprio e-commerce para falar com seus stakeholders. Se você quer vender bens de consumo já consolidados ou produtos de marcas reconhecidas, como por exemplo, eletrônicos, telefonia, informática, suplementos, utilidade doméstica, entre outros, iniciar pelo marketplace pode ser vantajoso, já que pega carona na relevância de outros lojistas do site.
Por fim, não existe “certo ou errado” na hora de escolher o seu modelo de negócio online. O importante é você entender qual é o seu perfil e o que espera das vendas digitais. Depois disso, fica mais fácil de decidir.
Dannyel Filgueiras atua no mercado digital desde 1999, tendo passado por startups de tecnologia e empresas do varejo antes de fundar a Epicom.

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