Eficiência e produtividade

Agronegócios, segmento hoje responsável por 33% do PIB do Brasil e por 37% dos empregos no país, vem apresentando crescimento anual acima de 5% desde 1995. A agricultura e pecuária têm sido o principal motor de aquecimento da economia nacional pelas últimas três décadas. O aumento da competitividade e a volatilidade do setor vêm forçando as empresas a buscar mais eficiência e constantes aumentos de produtividade, seja em maquinário, tecnologias de defensivos, fertilizantes, etc. Poucas, porém, investiram em tecnologia da informação e em técnicas de gestão. O setor, de modo geral, ficou fora da onda que levou outros setores da indústria a fazer altos investimentos em TI durante os anos 90.
Apesar disso, o segmento não é avesso à tecnologia. Para Mauro Peres, diretor de pesquisas da consultoria IDC Brasil, “a procura por eficiência e produtividade é justamente o que está forçando essas empresas a ter um melhor controle orçamentário e de custos, a planejar melhor as compras, a dimensionar de forma mais apurada os estoques, e a se conectar eletronicamente a fornecedores, clientes e parceiros. Todas essas iniciativas vêm impulsionando a demanda do setor por TI”.
As exigências rigorosas relativas ao controle de qualidade e à higiene por parte dos mercados importadores, bem como a chegada ao mercado brasileiro de companhias multinacionais, que têm uso intensivo de TI, são fatores que também contribuem para que o setor comece a investir mais em tecnologia.
Agronegócios, em sua generalidade, ainda se encontra em estágio inicial quanto à adoção de tecnologia. “O que representa a abertura de boas oportunidades para os fornecedores de infra-estrutura. Mas, primeiro, é importante que os fornecedores entendam as peculiaridades desse segmento, que é bastante heterogêneo”, alerta Peres.
Essas informações fazem parte do estudo “Brazil IT Spending Trends 2005: Agribusiness”, que destaca as tendências e perspectivas de investimentos em TI do setor de agronegócios em 2005 – em hardware, software, soluções, serviços e questões específicas do setor agrícola – a partir de entrevistas com produtores rurais, usinas, cooperativas, tradings, empresas de adubos e fertilizante, de maquinário agrícola e exportadores de carnes e alimentos de médio e grande porte.

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