Quando uma empresa planeja aumentar a base de clientes, um longo processo se inicia. Geralmente, é preciso analisar internamente se o negócio necessita investir em alguma melhoria estratégia ou tecnológica, a fim de atrair mais atenção. Entretanto, esse é um caminho que requer gastos e maior cuidado com gestão. Por essa razão, muitas empresas estão procurando investir em uma técnica que pode ser tão efetiva quanto e sem ter um custo tão alto, o cross marketing. Por meio da parceria com outras empresas, é possível unir forças e tecnologias que complementem as necessidades de ambos os lados. Por exemplo, uma empresa pode se juntar à outra, a fim de oferecer aos clientes uma nova bandeira de cartão que está no mercado. “A importância dessa estratégia é que ela pode dar mais credibilidade aqueles que a estão promovendo”, explica Bianca Tognollo, gerente de marketing da Tarkett.
Dessa maneira, ao mesmo tempo, as empresas têm o poder de fortalecer a imagem no mercado, ampliar o portfólio de produtos e, consequentemente, vender mais, aumentando a base de público. Por outro lado, a executiva ressalta: o cross marketing só se torna uma solução eficaz quanto traz benefícios ao consumidor. “Portanto, esse deve ser o ponto de partida de qualquer ação desse tipo”, aponta. Esse foi o caso da Tarkett, que criou um produto, o Tarkomassa, em comunhão com a Weber Saint-Gobain. “Somos lideres em pisos vinílicos, mas não fabricamos todos os produtos complementares. A Weber é especialista, mas não possuía em seu portfólio uma solução para instalação rápida de vinílicos. Dessa forma, entendemos que a liderança das duas empresas traduzidas em um produto só poderia trazer benefícios a ambas e ao consumidor”, conta Bianca.
Ela ainda explica que uma vez duas marcas se unindo, as bases de clientes acabam sendo compartilhadas, já que os públicos de ambas terão experiências positivas e terão a oportunidade de se aproximar da outra empresa. Por mais que depois da ação dificilmente o cliente continue comprando das duas marcas, ainda assim é uma oportunidade de ambas procurarem conquistar sua atenção e, quem sabe, mantê-lo perto. “Por exemplo, um sorvete da marca x com sabor do produto da marca y, por um período promocional. Não necessariamente o consumidor do sorvete passará a ser também do produto y após o final da promoção, mas se o produto permanecer no portfólio há uma chance maior dele ser fidelizado”, diz a executiva. Ou seja, quando a vantagem é voltada ao público, muito provavelmente as empresas envolvidas também serão beneficiadas.