João Gonçalves Filho (Bosco)
Em meio à globalização do mundo atual decorrente dos modernos meios de comunicação, da nova consciência do consumidor, que sente-se indispensável para a sobrevivência da empresa, surgiu o imperativo da criação de uma nova companhia voltada, continuamente, para a excelência, na busca incessante de um nova competitividade. Como conseqüência dessa nova realidade, as empresas brasileiras tiveram que se inserir nesse novo modelo de gestão e filosofia empresarial, muitas vezes, forçosa e rapidamente, para que pudessem sobreviver a esse novo cenário mercadológico, visando se adequar aos novos pressupostos de competitividade. Em curto espaço de tempo, foram compelidas a mudar, radicalmente, as estratégias de negócios, padrões de gestão, enfrentar novos desafios e aproveitar as novas oportunidades dessa nova dimensão de mercados potenciais, novas demandas de produtos e serviços provindos dessa “sociedade globalizada”.
Esse novo contexto impôs a empresa moderna alguns requisitos de lucratividade, como estar sempre atualizada com a evolução tecnológica imposta pela “revolução digital”, estar sempre voltada para o marketing de relacionamento, empresa – cliente – mercado, procurar a cada momento, descobrir as novas necessidades dos consumidores, valorização do capital humano interno, funcionários, engajamento em projetos de responsabilidade social, gestão participativa e disponibilizar produtos e serviços compatíveis com as necessidades dos consumidores. Não basta mais ser competitivo pelo método convencional – preço, qualidade/tecnologia e serviços. Esse alicerce não perdeu importância e relevância, constituindo-se a base de sobrevivência de qualquer negócio.
Para o articulista e palestrante Paulo Araújo “o que gera crescimento sustentável e a longevidade da empresa está ligado ao que chamo de nova competitividade, ou seja, um novo padrão de excelência, crenças, postura e principalmente comportamentos, onde as lideranças devem ser o maior exemplo”.
Diante desse novo foco de gestão, alguns parâmetros, requisitos de sucesso passaram a ser exigidos como condicionantes de sucesso e lucratividade. A gestão do capital intelectual constitui-se numa estratégia essencial para a empresa de sucesso. O grande desafio do gestor moderno é saber organizar e administrar tal capital, criar novas lideranças, dar mais espaços para novos projetos e talentos, valorizando os seus autores e negociando a sua implantação. A partir desse estágio de valorização, a empresa adquirirá, certamente, capacidade de inovação frente às transformações bruscas e constantes do mundo atual.
Agrega-se, ainda, ao pressuposto anterior, a gestão de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos seus colaboradores. O mundo globalizado impôs a empresa de sucesso voltar-se, cada vez mais, para a valorização do seu capital maior – os seus colaboradores, que são seres humanos, com defeitos, qualidades, necessidades pessoais, familiares, contudo, se comprometidos com a empresa, a levarão à sobrevivência e à lucratividade. A empresa há de estar voltada para uma maior qualidade de vida dos seus funcionários para que possa obter melhores resultados. A nova dimensão da competitividade está estribada no talento humano, no conhecimento, na inovação contínua de treinamento, na criatividade, no envolvimento dos mesmos pelos resultados positivos da companhia.
A grande verdade é que as empresas estão investindo sempre mais na qualidade de trabalho, no atendimento às necessidades primárias dos seus colaboradores, tornando mais justo a relação capital – trabalho.
João Gonçalves Filho (Bosco) é Administrador de Consórcios. ([email protected])