O grande desafio da empresa competitiva, segundo pesquisa da Benchmarking de Gestão do Capital Humano, passa pela gestão da área de recursos humanos, consistindo em encontrar as melhores práticas para tal planejamento estratégico e o seu principal capital ativo, gente que faz a diferença na guerra pela rentabilidade da empresa.
Vivemos, portanto, na era do capital humano. A grande verdade comprovada é que as empresas de sucesso passaram a investir mais nas pessoas e mais recentemente na tecnologia. A prioridade, agora, é investir na equipe de colaboradores, mercê o conceito de valorização do chamado capital humano, afirma o renomado conferencista e consultor de empresa, Roberto Shinyashiki.
Afinal de contas, em que consiste esta nova cultura empresarial ? Consoante opinião de grandes consultores e empresários de multinacionais, esta valorização passa por alguns parâmetros essenciais, como: desenvolvimento pessoal, através de um treinamento contínuo; harmonia no trabalho, ou seja, em equipe; planos de remuneração diversificada, de acordo com o que cada colaborador agrega à lucratividade da empresa; estruturas modernas de organizações internas; reconhecimento e recompensa dos recursos humanos; delegação de poderes; avaliação permanente de resultados pessoais e profissionais, enfim, toda uma estrutura motivacional, levando-os, cada vez, serem melhores naquilo que fazem, independentemente, daquilo que se manda fazerem.
O grande avanço na valorização do capital humano foi centrado no conceito de “remuneração por habilidades e competências “. Face o conceito hodierno de que o colaborador é a própria empresa, o aumento da sua remuneração passa por cargos combinada com a aquisição de habilidades e competências adquiridas pelo colaborador competente, direcionadas, assim, para a lucratividade da empresa e do negócio em si.
A pesquisa aludida acima mostra que já 28% das 81 empresas pesquisadas de sucesso já adotam o critério de remuneração, de acordo com o que agregam para o crescimento da mesma. Um outro ângulo relevante no processo de valorização do capital humano é definir estratégias ou programas que possam motivar o corpo funcional da empresa. A constatação nas melhores empresas aponta para onde vai o dinheiro nesta fase de investimentos, na geração de lucros a partir da existência de colaboradores motivados, devidamente, capacitados e mais satisfeitos.
Um outro ângulo dos recursos humanos apontado pela pesquisa epigrafada é definir, a cada momento, o clima organizacional que passa a ser realizado no ambiente corporativo para detectar insatisfação, que gera problemas internos, os mais diversos, como: baixa produtividade entre os funcionários, marketing negativo da empresa pelos colaboradores, mal atendimento aos seus clientes, desinteresse pelo sucesso da empresa, enfim, corpo mole no cumprimento das tarefas ditadas pela empresa. A preocupação dos gestores da área de Recursos Humanos em saber o que acontece com os seus colaboradores, detectar eventuais descontentamentos, falhas de relacionamentos entre líderes e gestores maiores da empresas há de ser uma avaliação crescente para que a empresa possa ser competitiva e inovadora em mercados globalizados. Consequentemente, o clima organizacional deve ser monitorado, frequentemente, para se definir como andam as relações entre os profissionais no trabalho e adoção das medidas preventivas de insatisfação entre colaboradores da empresa.
Como síntese conclusiva, vivenciamentos, no momento, o fim da estrutura rígida no trabalho, com um chefe e supervisor controlando tudo, afirma Fábio Mandarano, gerente de capital humano da Deloitte Touche Tohmatsu. A gestão participativa entre gestores da empresa e colaboradores passou a ser um ponto relevante da sobrevivência da empresa na modernidade.
João Gonçalves Filho (Bosco) é administrador de consórcio, e-mail: [email protected]