Empresas de consumo almejam crescer



Pesquisa da KPMG International revela que 76% dos CFOs de empresas do setor de consumo estão otimistas com as perspectivas de crescimento e esperam um aumento nos gastos dos consumidores e um melhor desempenho de suas companhias em 2011 comparado a 2010.



Segundo o levantamento “CFO Insights: A global survey of Consumer Markets executives”, que ouviu cerca de 300 executivos de finanças de empresas de consumo em todo o mundo, o aumento na demanda é esperado primeiro nos mercados emergentes, seguido pelas economias desenvolvidas, como Estados Unidos e Europa. 



Para Carlos Pires, sócio da KPGM no Brasil na área de Consumer Markets, os mercados emergentes (Ásia, América Latina, Brasil, Rússia, Índia, China e países do BRIC) ainda é esperado forte crescimento. Isso porque foi notado aumento no número de consumidores e expansão na classe média, a partir do baixo nível de desemprego e da população que deseja artigos novos e de classes superiores. 



“Já as economias maduras, mais afetadas pela recessão de 2008, estão mais cautelosas e devem apostar na criação e entrada de novos mercados ou ainda da transformação dos mercados atuais existentes, por meio do redesenho dos modelos existentes de lojas e dos canais de distribuição, ou ainda de outras estratégias”, afirma Pires.



O estudo ainda mostra que a Tecnologia da Informação vai desempenhar um papel significativo em termos de custo e de iniciativas estratégicas de crescimento. Mais de 70% dos participantes disseram que suas empresas vão investir em sistemas de TI para a gestão de relacionamento com clientes, planejamento de recursos empresariais e business intelligence (BI).



Empresas dos Estados Unidos e da Europa, que sofreram mais com os efeitos da crise, estão ressurgindo ainda mais fortes, mas cautelosas: cerca de 50% dos executivos disseram que têm melhores estruturas de custos, assim como melhores perspectivas de crescimento e de relacionamento com os fornecedores. A mesma porcentagem de executivos nessas regiões aponta para um aumento no interesse em saúde, segurança, sustentabilidade e um menor interesse no consumo de bens de luxo. 



Outro resultado relevante da pesquisa indica que 40% dos executivos acreditam que a manutenção das margens de lucro será um desafio, devido aos altos custos dos insumos. Apesar disso, a maioria dos entrevistados pretende aumentar sua participação no mercado, principalmente através do crescimento orgânico, ou por meio de fusões e aquisições. 

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