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Empresas falham na gestão dos dados



Organizações de todo o mundo perdem dinheiro e criam má vontade entre os consumidores devido aos problemas de gerenciamento de dados. A conclusão é de um relatório distribuído pela Experian, empresa de serviços de informações. Das organizações consultadas, 96% reconhecem que problemas de dados têm impacto financeiro negativo nas operações. As perdas são calculadas, em média, em 19% da receita.


O relatório, chamado “Contact data: the profit maker or neglected asset?”, foi encomendado pela QAS, a divisão da Experian especializada em integridade de dados. O trabalho pesquisou 2.078 organizações, de todas as partes do mundo. A conclusão é a de que a má qualidade dos dados reduz a receita, desagrada consumidores e abre as portas para processos nas agências reguladoras.


Mudanças na base de dados, regulamentação, segurança e gastos em marketing afetam a receita das organizações. Todos estes setores têm relação direta com a exatidão dos dados. Apesar de a imensa maioria das organizações ter consciência disso, apenas 54% têm uma estratégia documentada sobre como manter seu banco de dados correto e atualizado. No Reino Unido, a proporção é ainda menor, de 42%.


“O controle dos dados sobre contatos nunca foi mais crucial para as organizações do que hoje. Só no Reino Unido, todos os anos 12% dos adultos mudam de endereço, mais de 50 mil pessoas mudam de nomes e 500 mil morrem. Ao mesmo tempo, o número de pessoas que aderiu aos sistemas de bloqueio contra comunicações de marketing não solicitadas quadruplicou desde 2002. Uma estratégia de gerenciamento documentado sobre dados oferece a estrutura pela qual os dados sobre pessoas podem ser controlados de forma responsável”, comenta o principal executivo operacional (COO) da QAS, Jonathan Hulford-Funnell.


O relatório aponta que a situação é pior nos setores varejista e de serviços financeiros. Nada menos de 61% das organizações varejistas e 51% das de serviços financeiros de todo o mundo não têm, ou não sabe se têm, uma estratégia documentada de qualidade de dados. A situação é semelhante nos setores de serviços públicos e telecom, com 47%. Mesmo nas restantes, a situação não é a ideal. Apenas 37% de todas as organizações pesquisadas têm estratégias que se aplicam a todos os departamentos.


A pesquisa também indagou, pela primeira vez, a proporção de confirmação dos dados após a coleta. Só 8% das organizações afirmaram que confirmam todos os dados que usam. Uma proporção de 34% não confirma nenhum dado que entra em seus sistemas. Os endereços e códigos postais constituem o único elemento confirmado por mais da metade das organizações, com 61%. Só 47% têm metas sobre se seus dados estão corretos, completos e atualizados.


“Para o gerenciamento de dados ter o reconhecimento que merece, as empresas devem assumir uma abordagem que cubra toda a organização e esteja relacionada com as metas. O estabelecimento de metas mensuráveis deve ser adotado de maneira a ser possível acompanhar o desempenho, identificar falhas e fazer recomendações e investimentos apropriados. O momento aconselha todas as organizações a assumirem seriamente suas obrigações com relação aos bancos de dados”, conclui Hulford-Funnell.

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