Neste mês de junho é mês de formatura nas escolas de ensino médio, graduação e pós-graduação dos EUA. É a época em que os diretores de matrículas estão na expectativa de alcançar a meta de inscritos para a entrada na instituição de ensino superior. Em meio a mais de 4 mil universidades norte-americanas, cada uma se questiona como conquistar a atenção dos alunos mais inteligentes e que tenham condições de arcar com a anuidade.
Durante o I Congresso Brasileiro de Marketing e Comunicação para Instituições de Ensino, a norte-americana Karen Fox, considerada a maior especialista mundial em marketing educacional, ressaltou a importância de estabelecer uma comunicação individual com o aluno para conseguir sucesso dentro desta realidade. “Hoje as instituições têm de conhecer muito bem seu público-alvo. Não dá mais para se basear somente no sexo e idade dos clientes em potencial, é necessário saber também suas preferências. E isso vale também para o Brasil”, afirma.
Karen Fox complementa que são necessários dados concretos para falar com o aluno certo. “E não vale o jogo da adivinhação. A pesquisa é instrumento fundamental”. Ela lembrou ainda sobre a necessidade da segmentação, pois nem toda a instituição pode atender a todo o tipo de aluno. Durante sua apresentação, a palestrante traçou um panorama do marketing educacional nos EUA. Há 20 anos, o marketing educacional era totalmente desconhecido. As instituições tinham um número adequado de alunos e não precisavam pensar nisso. “Mas a situação mudou não só nos EUA como em todo o mundo e atualmente 90% das IES norte-americanas investem no setor”, acrescenta. Segundo ela, o que surpreende naquele país é que até as universidades públicas têm que fazer marketing porque elas dependem fundos do governo para complementar as mensalidades modestas pagas pelos alunos.
Cada uma das instituições deve se apresentar e se fazer conhecer, mas antes, a especialista aconselha às instituições se conhecerem primeiro para depois se comunicar ao mercado. “O consultor de marketing tem papel fundamental neste processo. Ele é como um terapeuta e a instituição deve ter confiança para contar seus problemas, além dos pontos fortes, para obter sucesso na comunicação”, avalia. É preciso lembrar ainda que tudo numa escola comunica: seus jardins, seu professor, a maneira de vestir e de agir dos alunos. “Os donos de instituições não podem se preocupar somente com seus vídeos e folhetos. É isso é possível a partir de uma comunicação integrada de marketing”, salienta.