Alexandre Nedel, CCO da Haribo no Brasil

Estratégia de crescimento com inovação ao gosto do brasileiro

CCO da Haribo descreve as estratégias da companhia para desenvolver o mercado de balas de gelatina no País e ampliar a presença da marca

O consumo de balas de gelatina no Brasil ainda está muito distante do registrado na Alemanha e demais países europeus. Porém, em apenas oito anos de presença no País, a centenária empresa alemã Haribo já colaborou para dobrar o consumo do produto no mercado brasileiro, criando um novo hábito. Para seguir nesse movimento de evolução, a empresa pretende continuar inovando no setor, por meio de pesquisas locais que detectam as preferências do consumidor brasileiro. Com uma fábrica de onde saem 100% dos produtos vendidos no País e uma robusta rede de 55 distribuidores, a companhia visa atender a um milhão de pontos de vendas existentes no Brasil, conforme garantiu, hoje (31), Alexandre Nedel, CCO da Haribo no Brasil, ao participar da 956ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Logo de início, o executivo foi indagado sobre como a Haribo pretende mudar o quadro que mostra que, enquanto na Alemanha, o consumo per capita anual de bala de gelatina é de 3 quilos, no Brasil, não passa de 80 gramas. Ele respondeu que já se dobrou esse consumo no Brasil – era de 40 gramas oito anos atrás quando a empresa por aqui se instalou -, e que, há cinco anos vem acontecendo uma grande transformação na categoria, com a queda ou estagnação das vendas de balas duras, pirulitos e drops, com o consumidor brasileiro aderindo à bala de gelatina. “A Haribo tem um planejamento de ir elevando esse consumo per capita aos poucos, trazendo os melhores produtos globais, inovando na categoria, oferecendo sempre novidades ao consumidor brasileiro. Exploramos novos sabores, aromas, experiências, de forma que esse hábito cresça por aqui também.”

Expandindo as vendas no Brasil em 30% no ano passado e, este ano, já alcançando uma elevação de 22% – mais que o dobro das outras categorias de balas -, ele acredita que esse hábito vai se consolidar. Na sua concepção, o brasileiro gosta muito de doces e é afeito a experimentar novidades. “Atualmente, já temos nossa fábrica, em Bauru (SP), onde são produzidos 100% dos produtos vendidos no Brasil. Todos adaptados ao paladar do brasileiro. E também para garantir o abastecimento de todos os pontos de venda em um país de dimensões continentais. Como líder mundial, temos a obrigação de desenvolver a categoria e, apesar de termos muitas informações vindas da matriz, estamos desenvolvendo muitas pesquisas no Brasil.” Como exemplo, citou uma sondagem junto a mil consumidores brasileiros, logo após a pandemia, para averiguar quais as tendências de consumo dentro da categoria geral de balas, que deu parâmetros para inovação e crescimento no País.

Uma das descobertas feitas pela empresa é a de que 43% dos brasileiros que entram em um ponto de venda estão em busca de novidades. “Eles são curiosos e abertos às experimentações, o que nos favorece, pois nossa cultura na empresa é a da inovação. Outra coisa observada, também, é quanto à ocasião de consumo, sendo pouco praticado on the go (fora do lar), e a forte presença do sharing, ou o consumo compartilhado, enquanto se assiste a um filme em casa. Ou seja, é um produto que agrega as famílias. Em resumo, no Brasil, quem não inova está perdendo mercado com certeza.”

Alexandre garantiu que a Haribo procura estar à frente da legislação e regulações da Anvisa, seguindo a agência alemã, que considera bem mais avançada, pois um dos principais valores da empresa é o da confiabilidade dos produtos. “É com esse cuidado que estamos trabalhando na produção do aroma natural nas balas, indo ao encontro das preocupações sobre saudabilidade demonstrada pelos consumidores na pesquisa.” O executivo falou, ainda, da complexidade que é atender o mercado brasileiro, com um milhão de pontos de venda, demandando construir uma malha de distribuidores muito robusta, com 55 parceiros exclusivos. Ele detalhou também tudo que é feito para que os PDVs sejam bem atendidos rapidamente e com qualidade, além de falar de uma ampla campanha feita de aproximação com o consumidor que começa em agosto e vai até novembro.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 955  lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (01), com a presença de Rafael Souza, diretor de negócios da Vuon, que abordará a redefinição da experiência em cartão private label; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Loyalty: Para onde caminha o mercado de fidelização?”, reunindo Martin Holdschmidt, presidente da ABEMF, Thiago Brandão, CEO e cofundador da Loyalme, Márcia Martinez, head do clube giro, e Marina Montenegro, estrategista e pesquisadora de tendências na Rethink.

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