Entender o comportamento de compra do público feminino no meio digital é um grande desafio para a maioria das empresas que têm produtos e serviços direcionados a esse segmento. Os hábitos, de fato, são diferentes, como comprova o estudo Digital Life, realizado recentemente pela TNS em 46 países ao redor do mundo, incluindo o Brasil, junto a cerca de 50 mil usuários da web.
Uma das constatações da pesquisa é que a maioria das entrevistadas brasileiras (92%) costuma enviar e receber e-mails enquanto assiste TV. Desse total, 83% afirmam buscar informações on-line após assistir a um comercial que consideram interessante.
Entre os produtos que elas mais compram na web destacam-se os cosméticos (30%), seguidos de roupas (26%), calçados (21%), perfumes (24%), produtos de higiene e de cuidados para bebês (12%). Outro aspecto que distingue as mulheres do sexo oposto, segundo a pesquisa, é que elas são mais propensas do que os homens a aceitar a intervenção de marcas em sites de relacionamento social como Orkut, Facebook e Twitter. Apenas uma pequena parcela das entrevistadas (8%) considera as ações das marcas nas redes sociais intrusivas ou invasivas, enquanto que, entre o público masculino, esse índice chega a 19%.
Segundo Alexandre Momma, diretor de atendimento da área de tecnologia da TNS Research International, “as internautas brasileiras já superaram muitas barreiras em relação ao uso das redes sociais, compras online e interação com as marcas, estando atualmente mais abertas às oportunidades de negócios do meio digital”.
Outra constatação do estudo é que elas mantêm, em sua lista de afinidades e contatos, um maior número de “marcas amigas” do que os homens – na proporção de seis contra quatro. O público feminino também supera o masculino em relação ao tempo de permanência nas redes, dedicando sete horas semanais à navegação por estes sites – uma hora a mais do que os homens.