Autora: Lilian Simões
Relacionamentos são a base da vida, não é mesmo? Se pararmos para pensar, praticamente tudo ao nosso redor acontece a partir da relação entre as pessoas. Quem tem um negócio sabe o quão importante é criar conexões e fazer o famoso networking. Agora, se você tem um negócio e quer ampliá-lo, uma opção interessante é ultrapassar as fronteiras do Brasil. Se a expansão dos negócios em outros mercados, até mesmo estrangeiros, parece um sonho distante para um pequeno empresário, saiba que essa não é uma missão impossível, principalmente, se você tem uma startup.
No Brasil, é comum encontrar jovens empreendedores investindo no desenvolvimento de startups. Segundo a Associação Brasileira de Startups, em 2012 elas chegaram a movimentar R$ 2 bilhões. A área de tecnologia é uma das que mais abrigam esses novos negócios, mas o setor de moda, decoração e até de culinária estão abrindo portas para quem quer inovar. Fato é que esses negócios possibilitam que muita gente conquiste o seu espaço no mercado, inclusive internacional, como é o caso do Instagram.
Então, estabelecer metas e objetivos é muito importante para qualquer negócio, independente do seu tamanho. Mas o que alguns acabam esquecendo é que também é fundamental buscar preparo para lidar com as diferenças culturais, como o idioma. Já imaginou quantas oportunidades seriam perdidas pelas startups e outros empreendimentos se eles não soubessem se comunicar com parceiros e investidores internacionais?
Pode parecer óbvio, mas hoje em dia saber um segundo idioma (principalmente o inglês) é uma das bases para qualquer pessoa/empresa que queira exportar/importar produtos ou serviços ou mesmo prestar serviço para empresas de fora e outras que querem se internacionalizar. E nesse aspecto, o Brasil ainda precisa melhorar. Uma pesquisa da Education First mostra que estamos em 38° no Índice de Proficiência dessa língua. Imagine quantos negócios deixam de crescer por isso?
Mesmo que o negócio ainda esteja definido como micro ou pequeno, e não tenha contato direto com organizações de fora do Brasil, é possível que o fornecedor, parceiro ou novo cliente exija ou necessite da fluência em outro idioma. Pode ser que a empresa consiga “empurrar com a barriga” esse tipo de situação por um tempo, mas se a ideia é crescer, o aprendizado do novo idioma precisa ser priorizado para evitar deslizes e perda de negócios.
Só para se ter uma ideia de como o mercado está promissor, segundo o Sebrae, até 2022, as micro e pequenas empresas junto aos microempreendedores individuais somarão 12,9 milhões de empreendimentos e irão gerar ainda mais empregos no país. A Deloitte também fez uma pesquisa que aponta a necessidade dessas empresas se diferenciarem no mercado: segundo os dados, as decisões estratégicas e a expansão na oferta de serviços e mercados estão entre os principais fatores decisivos para o crescimento das PMEs no Brasil. As oportunidades estão aí, mas é preciso se preparar para encará-las.
Já vi inúmeros casos de pequenas empresas que tiveram excelentes resultados (econômicos, inclusive!) quando passaram a ter essa visão mais macro para os negócios. A partir do momento que uma organização passa a “pensar fora da caixa” e a expandir o seu olhar, bons resultados aparecem. E isso é válido para qualquer empresa, independente do seu porte. Elimine as barreiras e abra a porta do seu negócio para novas oportunidades. Os bons frutos com certeza virão.
Lilian Simões é diretora da Essential Idiomas.