Pedro Inada, cofundador e CEO da StopClub

Experiência inovadora no ecossistema de mobilidade urbana

Cofundador da StopClub expõe detalhes da criação da startup que funciona como fintech e comunidade para os motoristas de aplicativo

Surgida como um clube social para relacionamento e relaxamento de parte dos 1,3 milhões de motoristas de aplicativo que hoje operam no Brasil, a startup StopClub se viu, em função da pandemia, forçada a acelerar o mergulho na sua verdadeira vocação, que é oferecer soluções tecnológicas. Dessa forma, um modelo de negócios que nasceu a partir de pontos de encontros presenciais, constitui-se hoje em um marketplace com amplo portfólio de serviços digitais para essa nova categoria de profissionais. Funcionando como uma fintech que também disponibiliza consórcio, compra e venda celulares e múltiplas funcionalidades, a startup continua atuando com seu propósito de manter uma comunidade integrada na categoria, tendo como estrela da plataforma a calculadora de ganhos que ajuda no aumento de rentabilidade diária dos motoristas. Detalhando as etapas de construção desse ecossistema, Pedro Inada, cofundador e CEO da StopClub, participou, hoje (24), da 801ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Abordando, de início, a forma como a startup surgiu, Pedro contou que, no final de 2017, ele e seus futuros sócios começaram a perceber a relevância crescente das tecnologias de mobilidade, apontando para uma tendência de “uberização”, tanto no transporte humano quanto nas entregas em last mile. Isso levaria a demandas por parte de um novo tipo de trabalhador, que é o de aplicativos em geral. Paralelamente, notaram que surgiria o problema de estacionamento para esses veículos, com a oportunidade de se alugar espaços. Nesse sentido, a primeira providência foi criar um questionário e distribuir junto a 100 motoristas de aplicativos para conhecer as principais dificuldades e necessidades, surgindo daí a ideia de criar uma comunidade, por meio da qual, acreditavam, seria mais fácil cultivar engajamento, evangelismo e fidelização. “Em um clube, nada melhor do que oferecer descanso e refeição e, começando com um único frequentador, este mesmo iniciou o processo de divulgação que foi atraindo dezenas de novos sócios.”

O próximo passo foi conseguir investidores, desenvolvendo a ideia por meio de um minishopping de serviços, aliviando o dia a dia dessa comunidade de motoristas. Ou seja, esse trabalhador não teria mais que gastar tempo voltando para sua casa nos momentos de ociosidade que normalmente se sucedem em períodos da sua jornada. “Conseguimos os recursos necessários para alavancar o negócio, que já começava a receber de 200 a 300 motoristas diariamente nesses postos de relacionamento e serviços. Os participantes iam se conhecendo e se comunicando pelo Whatsapp e o negócio conseguiu gerar, rapidamente, 12 pontos de encontro na cidade do Rio de Janeiro e dois na capital paulista. Mas chegou a pandemia.” Se, por um lado, esse período inviabilizou o negócio, por outro, chegou quando os donos da ideia já possuíam um nível superior de conhecimento sobre a realidade e o modo de pensar desses profissionais da mobilidade urbana alternativa. “Ou seja, conhecíamos a fundo os problemas e possibilidades no setor.”

Junto a isso, sendo uma empresa de tecnologia que não estava voltada unicamente para busca de soluções, mas de se manter no propósito de facilitar a vida desses profissionais, os sócios perceberam que estes se utilizavam de vários outros aplicativos, ferramentas que, diferentemente da criada pelo StopClub, não eram destinadas exclusivamente para eles. A saída foi buscar uma forma de digitalizar a ideia da comunidade, centralizando no aplicativo essas funcionalidades das quais os motoristas se serviam em outras plataformas. Isso tudo sem deixar de aproveitar também na transição, durante a pandemia, os espaços físicos agora como pontos de desinfecção de veículos, o que permitiu ampliar a comunidade com mais duas mil pessoas usando o aplicativo da empresa. Estava aberto o caminho para expandir as ofertas de serviços digitais dentro da ferramenta.

Nessa sequência, foi acertado em consonância com os investidores, que haveria um primeiro momento de ofertas de serviços gratuitos para depois, ganhando confiabilidade e recorrência de uso, entrar com os monetizáveis, a começar pela característica de fintech especializada na categoria. Depois de descrever as dificuldades enfrentadas por uma “pivotada” dessa magnitude no modelo de negócios da startup, Pedro pôde contar quais saídas tecnológicas foram encontradas para manter, via aplicativo, o relacionamento social e colaborativo entre os motoristas – um universo formado 90% por homens, na imensa maioria dentro da faixa etária entre os 35 e 45 anos, variando muito entre os que abraçaram uma nova profissão e os que ainda mantêm seus empregos e complementam renda.

Houve tempo para o executivo explicar de que forma, dentro da série de ferramentas disponibilizadas, surgiu a percepção de que havia grande necessidade de criar um marketplace. Dentro desse ecossistema, foi criado o StopClub Seguro Auto, produtos de consórcio e crédito, parcerias para compra e venda de aparelhos celulares, oferta de crédito, entre outros, incluindo uma “câmera secreta” que permite registrar momentos críticos e usar o que foi gravado como prova em eventuais questões jurídicas. Ele ainda deu detalhes de funcionalidades como a que dá maior segurança para uso do Pix e, a mais usada, que é a calculadora de ganhos por corrida. “Este é um recurso que permite ao motorista administrar o serviço aumentando a rentabilidade diária”, afirmou Pedro, detalhando ainda outras soluções que aumentam a segurança física e financeira desse trabalhador.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 800 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já alcança 2,5 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (24), com a presença de Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black, que falará da democratização que o digital permite; na quinta, será a vez de Priscila Lima, diretora de Quality & Customer Service da Harman para América do Sul (JBL, Harman Kardon, AKG); e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Black Friday: É possível encantar o cliente nesse campo (minado)?”, reunindo Fábio Garcia, head de negócios para varejo do Google Brasil, Etienne Du Jardin, cofundadora e CPO da Mimo Live Sales, Antonio Nunes, CEO e fundador da Instaleap, e Vinícius Guimarães, gerente executivo de marketing da Tray.

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