O estudo “O uso do código de barras no Brasil: consumidores e empresas”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil apontou, em sua 2ª edição, o crescimento do perfil de consumidores chamado early adopters (ou primeiros a adotar). Esse público, que cada vez mais chama a atenção das empresas brasileiras, deseja experimentar o quanto antes as inovações e apresentam profunda intimidade com tecnologia. Eles agregam grande valor a itens como computador, internet e celular e são os que mais possuem outros eletrônicos conectados aos seus celulares.
Ao contrário do que se costuma pensar, esse grupo não é formado principalmente por jovens, mas por adultos entre 25 e 44 anos. “Provavelmente, são formadores de opinião sobre as novidades tecnológicas disponíveis no mercado e, assim, grandes influenciadores nas decisões de compra de pessoas próximas, como amigos e familiares”, destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira. Segundo os dados, 87% dos brasileiros fazem compras on-line e pessoalmente, enquanto 9% adquirem produtos apenas pessoalmente, faixa que concentra adultos maiores de 55 anos. Para 4% dos brasileiros, a internet já representa a única ferramenta de consumo. Oliveira conta que os números reforçam que os hábitos de compra têm mudado no ritmo da tecnologia.
As pessoas com idade entre 35 e 54 anos se mostram bastante preocupadas com a identificação dos produtos que consomem, assim como em obter informações sobre eles. De acordo com a pesquisa, 88% dos consumidores entendem que a validade dos produtos deverá estar nos códigos de barras. Já 80% declaram apresentar interesse em informações adicionais do produto consultando o código de barras, tecnologia que é percebida por 84% dos consumidores quando vão às compras.
No supermercado, 92% dos compradores utilizam o código de barras para consulta de preços. Os entrevistados declaram que as novas tendências tecnológicas, como a Internet das Coisas, que garante a conectividade de aparelhos e objetos do dia a dia, irão transformar seus hábitos de consumo e auxiliar na segurança para identificar aquilo que consomem. E 62% dos entrevistados acreditam que a internet das coisas vai mudar seus hábitos de consumo.
Atento a esse nicho de mercado, o varejo também vem mudando, guiado pelas novas tendências e procurando adotar novas tecnologias. O estudo aponta que 86,33% dos produtos que hoje circulam no mercado que têm códigos de barras (porcentual de produtos vendidos no Brasil), enquanto 87,24% do faturamento no varejo são provenientes de itens que possuem códigos de barras.
As empresas apontam a real importância do código de barras na hora de fazer a gestão de seu negócio: 80,7% entendem que devem usar o padrão para um melhor gerenciamento e 90,35% atrelam a venda dos produtos no mercado ao uso de códigos de barras. Além disso, 63% dos entrevistados da área corporativa estão dispostos a adotar novas tecnologias. “Apesar de o empresariado brasileiro estar disposto a investir em automação, principalmente de identificação de produtos, entendemos que isso ocorrerá no longo prazo, pois o País encontra-se em um momento de cautela”, esclarece Oliveira.