Antes de mais nada, é importante montar um planejamento estratégico para que a micro e pequena empresa alcance os resultados esperados. No momento da abertura do negócio, o empresário faz o primeiro investimento e quer ver o retorno disso o quanto antes. Mas quando novos investimentos podem entrar no cronograma da empresa? A ACEB (Associação Comercial e Empresarial do Brasil) dá dicas de quando investir. O momento mais favorável seria quando o mercado financeiro se encontrasse estável, com perspectivas de crescimento da economia, com a taxa de juros caindo e quando o segmento de atuação da empresa estivesse em alta. Mas isso é teoria.
Na prática, a ACEB acredita que é necessário analisar conscientemente os pontos fortes e fracos da empresa. O planejamento estratégico é traçado com visão futurística, ou seja, como o empresário quer que os seus negócios estejam posicionados no futuro. Mas pensar em investir é pensar no momento atual da empresa: volume atual de vendas, baixo endividamento bancário, funcionários sintonizados com o objetivo e cultura do estabelecimento, know-how dos produtos e serviços, fornecedores e parceiros.
Quando o assunto é investir sem medo de errar, entre as principais áreas de uma empresa – Recursos Humanos, Administrativa/Financeira, Produção/Compras e Marketing/Vendas – todas, sem exceção, apresentam riscos. Como citado anteriormente, o empresário deve, primeiramente, analisar os pontos fortes e fracos, e em seguida, ressaltar as vantagens e trabalhar na transformação das desvantagens. Dessa forma, é possível reduzir riscos e investir com mais segurança.
Ainda assim, a ACEB lembra que os resultados não são imediatos. O esforço é reconhecido quando o planejamento estratégico é definido, há um orçamento realista, as taxas de juros estão subsidiadas, os empréstimos têm prazos longos, há taxa interna de retorno e quando a empresa é capaz de efetuar os pagamentos. “Após essas condições, acrescidas de segmento empresarial com tendência de alta e um plano de negócios, os resultados aparecem, via de regra, durante os seis primeiros meses”, confirma também o professor Luiz Gonzaga, da Faculdade Integrada Paulista.
Queda do dólar – Com a queda da moeda americana, as empresas que trabalham com exportação podem ser prejudicadas. Com o dólar em baixa, o faturamento das empresas exportadoras é reduzido. Dessa forma, o departamento financeiro deve buscar alternativas para suprir a queda do faturamento. A solução é recorrer a recursos em bancos ou injeção de capital de outros sócios, renegociar prazos com os fornecedores e clientes e articular com a área de vendas o direcionamento do faturamento para o mercado interno. Além disso, a ACEB lembra que o empresário deve acreditar, mas de maneira consciente, que o seu negócio irá para frente, rendendo mais do que o necessário. Afinal, o otimismo também é uma arma poderosa.