A conversão do contato do cliente em venda pode até ser o retorno que todas as empresas procuram. Entretanto, ela não é suficiente. O maior retorno que qualquer negócio pode ter é quando seu público passa a reconhecer o valor do relacionamento. É nesse momento, então, que a empresa passa a ter um cliente ideal na sua base. “O cliente ideal para cada empresa é aquele que valoriza o produto como um todo e o serviço entregue”, comenta Flávia Possani, gerente de marketing do grupo Royal Palm Hotels & Resorts.
Segundo ela, quando o público assume esse patamar na companhia, ele enxerga o valor agregado do produto ou serviço e fica muito mais disposto a pagar por ele. Entretanto, para ter uma base estruturada dessa maneira, é preciso assumir uma estrutura de conhecimento não apenas dos clientes, como também dos potenciais. Sem contar que também é preciso ter clara noção sobre todos os perfis que possivelmente irão se relacionar com a companhia. “Para que, assim, haja uma estratégia de oferta de produto e valor coerente com cada tipo”, adiciona.
Além disso, é mais que claro que quando se passa a oferecer um produto ou serviço que satisfaça o cliente, ele se torna um usuário frequente daquilo e, inclusive, um fã e defensor da marca. “Para a empresa isso é positivo e assertivo”, avalia a executiva. “A empresa precisa conhecer e entender o seu cliente, por meio de pesquisas de satisfação e SAC. Com essas informações, é possível adaptar ao cenário e desenvolver melhorias de produto e serviços”. E com tais dados em mãos, a chance de fidelização se potencializa, tal qual a capacidade de transformar consumidores em clientes ideias.
Principalmente, em um ano que se inicia, seguido de outro que fora marcado por uma crise econômica, Flávia afirma que é fundamental ter clientes ideais para que seja possível atingir metas estratégicas. “E, para isso, é preciso avaliar constantemente as melhorias e exigências de todos os perfis”, aconselha. “Nem sempre o nosso produto se adéqua a todos os públicos. Mas aos que consomem, é fundamental conhecermos as exigências e adaptá-las quando elas estão de acordo com a nossa estratégia.”