Inadimplência sobe em outubro


O Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física apontou alta de 5% na inadimplência dos consumidores em outubro de 2006, quando comparada ao mês anterior (setembro). O aumento foi verificado após duas quedas consecutivas no indicador. A última, de 7%, foi registrada na relação de setembro com agosto deste ano. Na comparação com outubro de 2005, a inadimplência das pessoas físicas aumentou 6,2%. Já na análise dos dez meses deste ano (janeiro a outubro) com o mesmo período de 2005, o indicador apresentou crescimento de 12,3%.

De acordo com o indicador, as dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram o maior peso na inadimplência dos consumidores. Em outubro de 2006, a participação foi de 34,1%, enquanto em outubro de 2005, o peso dos cartões de crédito e financeiras foi de 32,2%. As dívidas com os bancos ultrapassaram novamente os cheques sem fundos (repetindo setembro e agosto de 2006) e registraram, em outubro deste ano, a segunda maior participação no indicador de inadimplência dos consumidores, 33,0%. Em outubro de 2005, o peso das dívidas com os bancos na inadimplência das pessoas físicas foi de 31,3%.

Os cheques sem fundos foram responsáveis por 30,1% da inadimplência dos consumidores, no décimo mês deste ano. A participação desse índice ficou abaixo da registrada em outubro de 2005, que foi de 33,7%. Os títulos protestados tiveram peso de 2,8% na inadimplência dos consumidores, em outubro de 2006, a mesma participação de outubro de 2005.

Argumentação – Para os técnicos da Serasa, o crescimento do Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física em outubro deste ano foi conseqüência de fatores sazonais tais como a alta dos preços dos alimentos nos supermercados, verificada em outubro, e as despesas com a rematrícula dos alunos da rede privada de ensino, além do elevado comprometimento da renda da população com as dívidas contraídas junto ao varejo, aos bancos e às financeiras.

Ainda segundo os técnicos, o incremento na renda disponível do consumidor, sustentado pelos reajustes salariais com ganho real e a antecipação do pagamento da primeira parcela do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS, não foi suficiente para manter a trajetória de queda da inadimplência, observada em agosto e setembro deste ano.

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