Inovar não é apenas maquiar



Autores: Sérgio Nardi e Alexandre De Felice

 

Quando pensamos em inovação nossa mente nos transporta automaticamente para os dias atuais e também para o futuro.

A palavra traz embutida a conotação de novidade. As metáforas utilizadas para dar vida ao processo de inovação sempre utilizam referências espaciais altamente tecnológicas. Porém, apesar de atual e com características modernas, a inovação é ferramenta já utilizada no passado longínquo. Ela é a responsável por milhares de comodidades do mundo moderno nos mais diversos setores, visto que mudam nossos hábitos, influenciam nossa rotina e aquecem o mercado consumidor.


Do mesmo modo com que os produtos vêm inovando e transformando o dia a dia dos consumidores, os serviços também tem tido forte influência junto a esse público ao utilizar ferramentas inovadoras. Uma variedade sem precedentes de serviços estão ao alcance do consumidor através da telefonia móvel e do mundo virtual.


Outra novidade que virou moda no mundo inteiro são os serviços prestados pelas redes de relacionamento, que de forma gratuita oferecem ao consumidor, interação direta e ilimitada. Essa exposição gratuita que as mídias sociais oferecem, geram índices de audiência elevados, 24 horas por dia, e se tornam um canal extremamente valioso de publicidade e de captação de receitas.


O processo de inovação, quando bem organizado ou planejado em suas imensas possibilidades, inserindo-se aí o material humano pode trazer resultados significativos a todos os setores produtivos da sociedade.


O caminho a ser percorrido e o processo ou desenvolvimento de determinado fator inovatório, nasce conforme a necessidade, objetivo e circunstâncias do grupo criativo, do produto e da empresa. Porém, independente do processo escolhido para o desenvolvimento de uma inovação, deve-se constar no vocabulário do indivíduo ou da instituição palavras de ordem como: idealização, priorização, foco e delegação. Sem esses atributos um processo de inovação pode surgir, crescer, mas continuar ininterruptamente, num círculo vicioso sem fim.


O termo inovação está na moda, portanto criar um elo de relação entre empresa, produto e serviço a um processo de inovação é fator de destaque no mercado, material abundante para o marketing e a possibilidade de suscitar aumento de interesse por parte do consumidor.


Entretanto, inúmeras alardeadas ações publicitárias, que exploram a inovação como fator diferencial, tem promovido apenas, pequenas ações incrementais, ou seja, maquiagem e roupa nova para produtos e serviços anciões.


A verdadeira inovação é de ruptura e exige paciência, esforço, dedicação e investimento, é aquela que cria “vida nova” e inteligente, capaz de modificar os hábitos de consumo e criar categorias de produtos e necessidades de consumo, que nem os próprios clientes são capazes de detectar.



Sérgio Nardi é palestrante, escritor, especialista em gestão empresarial e autor dos livros; Alexandre De Felice é especialista em comunicação com o Mercado pela ESPM.

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