Cinco anos de prisão e multa de US$ 250 milhões é a punição que Jason Smathers, 24 anos e Sean Dunaway, 21, podem receber da justiça norte-americana pela acusação conspiração. Smathers teria roubado 92 milhões de endereços de correio eletrônico quando trabalhava no escritório da AOL, em Dulles (Virginia, EUA) e negociado a venda do material, por US$ 100 mil, para Dunaway, spammer que agia em Los Angeles, segundo autoridades norte-americanas.
A punição neste caso, que envolve o envio de mensagens de conteúdo indesejável por e-mail para milhões de computadores, pode significar um passo importante para a redução ou o fim desta prática que prolifera na internet. Profissionais que trabalham com segurança da grande rede vêm alertando, cada vez mais, para a necessidade principalmente de se criar uma legislação que contemple estes web-crimes.
“Precisamos insistir na questão de uma legislação que possa estabelecer penas adequadas para infrações ou crimes que acontecem hoje, com grande freqüência, pela internet”, alerta Carlos Sangiorgio, especialista em tecnologia Web e diretor da Pulso, uma das principais fornecedoras
brasileiras de soluções integradas de e-business. “Temos toda sorte de conteúdo de spams que entopem as caixas postais diariamente, incomodando usuários com anúncios não autorizados, vírus, pornografia e colocando-os em risco com mensagens falsas que pretendem induzi-los a informar suas senhas de acesso a contas bancarias para prática de fraudes financeiras”. Segundo Sangiorgio, a impunidade é uma causa importante para o aumento da prática do spam.
Pesquisa realizada e divulgada recentemente pelo Yahoo, informa que 23,6% dos brasileiros consideram o spam mais estressante do que enfrentar diariamente o trânsito das grandes cidades, enquanto 12,3% acham que as mensagens indesejadas são piores do que enfrentar os shoppings lotados para realizar compras na época de Natal. O estudo foi realizado com internautas do mundo todo e mostrou que o usuário brasileiro está mais informado em relação ao lixo virtual do que os de outros países. Isto porque a pesquisa perguntou se alguma vez os usuários já responderam a uma mensagem de spam e 78,4% dos brasileiros garantiram nunca ter respondido. Por outro lado, 78,8% dos norte-americanos, 61,9% dos alemães e 55,8% dos japoneses informaram já ter enviado resposta solicitando sua retirada da lista de distribuição.
Um relatório divulgado pela fabricante britânica de antivírus para
e-mails, Message Labs, 70% das mensagens emitidas em todo mundo são
spams. Número que deve aumentar para 80% até o final desse ano, segundo o mesmo relatório. Outra pesquisa recente divulgada pelo Gartner e realizada com 1,4 mil internautas, em dezembro passado, apontou que um a cada três e-mails recebidos representa spam.
Sobre a Pulso
A Pulso provê as melhores soluções em e-business: servidores de
aplicação, plataformas financeiras, soluções de segurança, publishing,comércio eletrônico, CRM e wireless. Com quinze anos de atuação no mercado de tecnologia, a Pulso tornou-se pioneira em seu segmento, com destaques no desenvolvimento do primeiro sistema de certificação digital (1997), e primeira plataforma de comércio eletrônico (1998). Entre seus principais clientes constam ABN AMRO, Novartis, Sul América Investimentos, Lloyds Bank, Listas OESP, Ericsson, Ibest, Banco Bilbao Viscaya, Bradesco, BBV, Listel, Aol.