Mercado de POS atingirá US$ 2 bi em 2011


No mundo todo, especialmente na América Latina e Ásia Pacífico onde é maior a implementação dos planos Europay, Mastercard e Visa (EMV), torna-se evidente a ameaça de migração de cartões devido ao crescimento das atividades fraudulentas. Paralelamente, o crescimento das redes de comunicação wireless, que oferecem vantagens em termos de velocidade e custos, está gerando uma demanda por sistemas de POS (Pontos-de-Vendas, em português) que sejam mais fáceis de usar, confiáveis, compactos e que utilizem tecnologia sem fio. Diante disso, segundo estudo da Frost & Sullivan, o mercado mundial de terminais POS, que em 2005 atingiu US$ 1,3 bilhão, irá gerar uma receita de US$ 2 bilhões em 2011.

Atualmente, há um número notável de trocas de cartões magnéticos relacionadas a fraudes, pois estes são considerados cada vez menos seguros para a maioria das transações realizadas entre países vizinhos. Assim, com a implementação de cartões com chip e PIN pelo Reino Unido e dos cartões com autenticação dinâmica de dados adotados pela França, os países como a Alemanha e a Itália têm enfrentado o aumento de migrações fraudulentas. Da mesma forma, a Cingapura e a Indonésia, que também sofrem com a migração devido às fraudes, já consideram a possibilidade de migração para a tecnologia EMV com o objetivo de diminuir esse problema.

Essa movimentação do mercado tem levado ao aumento da demanda por transferência eletrônica de fundos (TEF) nos terminais POS em todo o mundo. Tais sistemas permitem um rápido processo na transação de negócios, que tradicionalmente utilizam pagamentos em dinheiro ou em cheque. Nestes casos, as tecnologias de GPRS e CDMA são utilizadas para as redes WAN, já o Bluetooth e o Wi-Fi para as redes locais.

Para acelerar a expansão desse mercado, os fabricantes também estão introduzindo no mercado novos produtos que incluem programas como e-commerce, publicidade e captura eletrônica de recibos, visando aumentar as receitas dos usuários, geralmente comerciantes, dando-lhes uma vantagem competitiva perante o mercado. Isso só é possível porque os novos terminais POS são mais modernos e gerenciam múltiplas funções como os programas de brindes e fidelidade, por exemplo. “Cada vez mais os varejistas estão optando pela atualização dos sistemas para oferecer maior segurança e capacidade de múltiplas aplicações”, diz Aravindh Vanchesan, analista da Frost & Sullivan.

Por outro lado, apesar das tendências tecnológicas que revolucionam o mercado de terminais POS, os produtos têm enfrentado uma comoditização. Embora seja enfatizada a aplicação do software para oferecer mais serviços ao cosumidor, há uma grande pressão para a redução do preço dos terminais, que afetaafeta a margem de lucro dos fabricantes e impede a entrada de potenciais participantes no mercado. “Desenvolver terminais com arquitetura e modularidade abertas e ainda oferecer opções em hardware e software são possibilidades para reforçar as margens de lucros”, afirma Vanchesan. “Isso pode expandir o potencial da base de clientes que não estão preocupados em alta tecnologia, mas sim em equipamentos que ofereçam simplicidade e valor agregado”, completa.

A alternativa dos fabricantes é continuar oferecendo mais funcionalidades nos POS para que as múltiplas aplicações oferecidas sejam capazes de levar à diminuição do foco nos preços, o que, conseqüentemte, trará investimentos maiores para o mercado.

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