Miopia empresarial


João Gonçalves Filho (Bosco)

O grande desafio das empresas, em mercados globalizados, é definir o perfil ideal de liderança, que deve existir para que elas sejam competitivas e lucrativas. É ter uma visão correta de tudo. Está equivocada a empresa que pensa que o sucesso não esteja estreitamente relacionado com o perfil dos seus líderes, em todas as áreas de trabalho.

Afinal de contas, qual o perfil ideal de liderança que deve existir na empresa? Em recente estudo realizado por empresas brasileiras e americanas, foi detectado que existem alguns perfis de liderança bem identificados na “empresa de excelência”. O talento inicial de um líder passa pela característica de ser um idealizador, ou seja, está sempre focado nas estratégias de sucesso da empresa, no dimensionamento de demanda do mercado, na convicção da importância do atendimento ao consumidor eficiente para a lucratividade e sobrevivência da companhia, voltada sempre para o “foco do cliente”, tendo uma visão obcecada para o cumprimento de metas, compartilhando o seu sucesso com os seus subordinados. Para o consultor de empresa, Franz Prenner, “o líder moderno precisa sentir o cheiro do mercado. Tem que saber, na linha de frente, o que é o mercado para estabelecer as estratégias e adotar táticas compatíveis com o que viu, sentiu, ou seja, formatar as tendências, a cada momento”.

Em outras palavras, o líder deve estar atento ao jogo, usando as ferramentas certas para atuar em cada nicho de mercado, já que existe, nesse segmento da empresa, uma verdadeira “miopia empresarial”.

O líder é uma pessoa “expert”, que sabe exercer o controle de múltiplas tarefas por meio do conhecimento, sendo extremamente racional, procurando fazer sempre melhor as suas responsabilidades pessoais e profissionais, agregando um aprendizado contínuo para si e seus comandados. Um outro ponto de sucesso do líder é saber implementar um trabalho de equipe, vertente maior da empresa vitoriosa que deve ser exercido por líderes “diplomatas”, evitando choques entre os membros de uma mesma equipe, mesclando esse relacionamento diário sempre com bom humor e disciplinamento de todos. O foco é sempre manter uma equipe
coesa e direcionada para o objetivo maior da empresa – lucratividade. Para o Profº e Consultor de empresa, Mário Di Persona, “o verdadeiro líder é extremamente oportunista, estrategista, procurando, com ética, levar a melhor em tudo, sabendo questionar os sentimentos negativos dos seus colaboradores, procurando encontrar novas alternativas de negócios, enfim, está comprometido com o sucesso da empresa”.

Como reflexão final, outras virtudes, eficácias, lhes são atribuídas, como: são pessoas empáticas, éticas, sabem falar em público, lidar e gostar de pessoas, gostam de inovar o relacionamento da empresa com os seus clientes internos e externos, são comunicativos, flexíveis, têm a percepção de que um bom atendimento pelo cliente cresce na medida em que a empresa se dispõe a conhecê-lo melhor, a entendê-lo.

O grande engano de gestão de algumas empresas, é “só saber apontar os erros dos seus profissionais e esquecer de celebrar os acertos”, afirma o consultor de empresa Fernando Tadeu Perez, diretor de RH do Banco Itaú. O grande desafio da liderança empresarial é manter um clima saudável entre os colaboradores. Não por benevolência, mas, por questão estratégica, proporcionando a existência de uma equipe mais segura, motivada e comprometida com o sucesso da empresa. Aí, está a resultante dessa equação. O essencial é descobrir o que cada um tem de bom, sempre com uma ampla visão de empresa.

João Gonçalves Filho (Bosco) é administrador de consórcio. ([email protected])

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