O faturamento gerado pelas vendas de Natal deste ano cresceu 3% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo sondagem da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) realizada nos dias 26 e 27 de dezembro de 2006. Mais uma vez, o desempenho dos semiduráveis, a exemplo de vestuário e calçados, apurou avanço superior nas vendas (4%) contra elevação de 3% verificada nas lojas de bens duráveis, que comercializam itens como eletroeletrônicos.
Embora o resultado esteja acima do verificado na sondagem prévia, que apontava 2% de crescimento, o desempenho do comércio na data mais importante para a atividade ainda é considerado modesto pela entidade. “A expansão nas vendas depende do crescimento efetivo da renda, de mais empregos e de juros menores”, esclarece o presidente da entidade, Abram Szajman. Diante do tímido crescimento da renda ao longo de 2006, o consumidor teve de recorrer ao crediário para efetuar as compras de Natal. De acordo com o levantamento, 52% dos consumidores preferiram pagar as compras com cartão de crédito ou parceladas nesta mesma modalidade de pagamento, já o pagamento à vista foi a escolha de 35% dos compradores.
O reforço no estoque de Natal prevaleceu entre os comerciantes de São Paulo. O levantamento mostra que 35% dos lojistas ampliaram as compras, 43% mantiveram e 21% reduziram. Segundo a Fecomercio, isso sinaliza que havia de fato uma expectativa positiva com relação às vendas.
Do universo de lojistas que optou por realizar promoções durante a data (27%), a modalidade preferida para incentivar as vendas de Natal foi a chamada “oferta relâmpago”. Segundo a sondagem, esse tipo de promoção foi usada por 45% dos comerciantes, enquanto 30% optaram por oferecer descontos especiais.
Destaque para o fato de que embora poucos comerciantes tenham optado pela contratação de temporários (37%), o Natal é ainda uma das mais importantes portas para quem busca o primeiro emprego no setor do comércio. A pesquisa apontou que 74% dos lojistas que contrataram têm a intenção de efetivar os temporários, ainda que prevaleça a abertura de poucas vagas: de uma a duas.