Um dos benefícios que a Internet das Coisas promete trazer às pessoas é o aumento das facilidades que elas terão em suas vidas. Mais do que automatizar processos e permitir mais conectividades, ela irá abrir caminho para decisões mais rápidas e dinâmicas. Segundo o diretor de engenharia da Cisco, Marcelo Ehalt, a empresa define que esta será a quarta geração da internet. “A internet realmente irá transformar a maneira como a gente vai vier, trabalhar, aprender. Na verdade, essa transformação já está acontecendo, não só apenas com a transformação da evolução da internet, mas também tendo mais serviços e outras facilidades”, afirma ele.
O executivo explica que a primeira geração foi a era da conectividade, época dos e-mails e browsers, em que a conectividade servia para esses serviços. Em seguida, foi o momento da internet comercial, quando iniciaram os serviços business e de e-commerce. A terceira fase, que é a qual nos encontramos agora, é o momento de transição, uma internet das redes sociais, em que começa a impulsionar uma maior necessidade da conectividade, maior transporte de dados e, inclusive, valores começam a ser inseridos quanto ao uso da ferramenta. E, por fim, a Internet das Coisas, geração que vai transformar o comportamento das pessoas de uma maneira até hoje não passada. “Principalmente, nós cidadãos de grandes metrópoles a internet vem para facilitar nossa vida, desde locomoção, toda parte de transporte urbano ou de gestão de tráfego. Será algo de uma maneira mais inteligente, mudando o hábito do cidadão em relação ao uso da tecnologia. Quando o benefício é direto nas pessoas, é intrínseco e não volta mais. Será um ganho tanto para a empresa, para o funcionário e para o cliente”, diz Ehalt.
Entre os ganhos levantados por ele, o principal será o fato de que cada vez mais as empresas realizarão trabalhos a quatro mãos – junto com os consumidores. A interação será mais próxima, uma vez que eles estarão muito mais sujeitos a realizarem escolhas sobre produtos e serviços a partir dos benefícios que conseguirão ter. Assim, as empresas estarão junto de público na elaboração de um produto para saberem sobre suas necessidades, desejos, o que querem que melhore ou o que não pode mais ser feito, resultando em um ganho mútuo de ambos os lados. “Cada vez mais as empresas têm que entender muito bem o que o cliente está esperando, qual é a sua real expectativa, para começar a trabalhar, a ter esta gestão da melhor maneira esperada. No final, o aprimoramento dos produtos ou serviços será feito de uma maneira muito mais rápida”. Outra transformação será na questão cultural, pois se a forma de vida das pessoas irá mudar, as suas expectativas em relação ao que irão desejar também serão diferentes. Dessa forma, empresas e funcionários terão que trabalhar para se moldarem também às sociais.
Para que seja possível se adequar à quarta geração, as empresas devem procurar as tecnologias que mais se encaixam às suas necessidades e que seja possível acompanhar todos os ciclos de mudanças. Porém, elas não podem se prender apenas às plataformas e sim ao que irão oferecer em seus projetos. Marcelo Ehalt afirma ainda que, nesta era, o limite será a imaginação. “Poderei, e já posso, colocar o sensor em qualquer lugar, mas o mais importante é saber o benefício que vai ter ao ter o sensor neste lugar”. Assim, será uma geração que ganhará aqueles que tiverem livres ideias, trazendo retorno à todos.