Para 83% dos brasileiros, a tecnologia pessoal ajudou a melhorar a inovação no campo dos negócios. Atrás somente da Indonésia, o Brasil tem um dos povos mais otimistas em relação ao impacto positivo da tecnologia como indutor de ideias inovadoras dentro das empresas. É o que mostra a segunda edição do estudo da Microsoft “Views Around the Globe” (Visões ao redor do mundo), realizado com usuários de Internet, cujo objetivo da pesquisa é compreender a dimensão e a influência da tecnologia na vida das pessoas. Ao todo, foram entrevistadas 12 mil pessoas de 12 países entre, dezembro de 2014 a janeiro deste ano. Para o bloco de economias emergentes, foram considerados Brasil, Índia, Rússia, China, Turquia, África do Sul e Indonésia. Já no grupo dos desenvolvidos ficaram Estados Unidos, França, Alemanha, Japão e Coreia do Sul.
Ainda dentro do cenário de inovação nos negócios, no Brasil 82% se dizem otimistas sobre a contribuição da tecnologia na criação de novas empresas. A percepção favorável é realmente mais comum em países emergentes, onde 76% dos entrevistados disseram acreditar na tecnologia como um fator que impulsiona a inovação, enquanto, nas economias desenvolvidas o índice é de 63%. Já em termos de produtividade, 70% dos brasileiros enxergam uma contribuição da tecnologia nesse aspecto. Na China, o índice é de 71% e na Índia 76%. Na comparação com países desenvolvidos, como Estados Unidos e Alemanha, essa diferença é contrastante, já que os índices estão entre os mais baixos, com 57% e 56%, respectivamente.
O povo brasileiro é também o que mais tem utilizado a tecnologia para encontrar produtos com os menores preços. De acordo com a pesquisa, 88% dos entrevistados acreditam que os serviços de internet contribuem para auxiliar as pessoas a encontrarem itens com valor mais em conta. Percentual que está acima da média global, de 74%, e também dos índices tanto dos países emergentes (72%) quanto dos desenvolvidos (77%). Para Marcos Swarowsky, diretor de advertising online da Microsoft, a pesquisa consolida percepções já fundadas sobre a contribuição da tecnologia para a transformação em todo o mundo. No entanto, aponta uma divergência digital nas atitudes dos usuários de Internet nos países em desenvolvimento em comparação com aqueles de economia já estabelecidas. “Em linhas gerais, para os entrevistados de países emergentes é mais forte a percepção sobre o potencial da tecnologia como um gerador de oportunidades e acesso a informações capaz de estabelecer uma ponte entre as lacunas econômica e social dessas regiões”, explica.
Além do aspecto de dimensão econômica, a pesquisa traz algumas constatações curiosas sobre como a tecnologia tem sido utilizada para estabelecer hábitos de vida mais saudável por meio, por exemplo, de aplicativos para ginástica, dieta e contagem de calorias. Nos países em desenvolvimento, 57% da população acredita que a tecnologia pessoal pode ter impacto positivo nesse quesito, enquanto nos países desenvolvidos esse índice é de apenas 38%. Da mesma forma, alguns países acreditam que o uso da tecnologia pode acrescentar valores ao aprendizado das crianças. Nos países desenvolvidos, 52% dos pais acreditam que a tecnologia melhora as habilidades dos seus filhos para o futuro. Já nos países em desenvolvimento, 58% dos pais entendem que a tecnologia pessoal amplia o conhecimento de mundo para as crianças. Uma leitura sobre essa percepção é que no bloco de países emergentes, a tecnologia é utilizada como um elemento de inclusão social.