O importante é ter colaboração

Em um cenário como o atual, em que tudo acontece de maneira muito rápida e que passamos por constantes transformações, contar com colaborações, em muitos casos, talvez seja necessário para conseguir com que projetos, produtos e serviços consigam ter sucesso no mercado. Como é o caso do crowdsourcing, que é uma ideia ainda nova no meio corporativo. Entre as possibilidades que essa estratégia traz é a de a empresa poder contar com a colaboração de clientes nas suas ações, em que os tendo de forma ativa na produção as empresas têm maiores possibilidades de conseguirem acertar naquilo que eles necessitam e desejam. Entretanto, seja porque ainda é utilizada mais pelas matrizes internacionais ou pela falta de conhecimento, ela ainda é pouco aproveitada no mercado brasileiro. “Muitas empresas ainda não entendem as vantagens desse tipo de captação e acreditam que a multidão não é tão inteligente ou eficiente como um investidor/fornecedor escolhido por elas”, explica Frederico Rizzo, co-fundador da Broota.

Ainda assim, não existe apenas o crowdsourcing como opção. Como é o caso da Broota. A empresa realiza equity crowdfunding que, segundo Rizzo, é uma modalidade de investimento colaborativo voltada para a captação de recursos para viabilizar as ideias empreendedoras. “Ao contrário do crowdfunding tradicional, no equity crowdfunding o investidor recebe uma participação acionária ou uma possibilidade de aquisição de títulos representativos de ações nas empresas que financiou”, esclarece. Geralmente, essa participação é vendida em cotas com valores a partir de R$1.000, assim, “os investidores podem retornar seu investimento na forma de recebimento de dividendos, com a abertura do capital da empresa para negociação na Bolsa de Valores ou em uma futura aquisição do negócio por uma companhia maior, com consequente valorização de suas ações”.

Ou seja, tanto o crowdfunding quanto o crowdsourcing são opções de poder alavancar a força de um grupo de pessoas em prol de um objetivo. A diferença é que um mobiliza recursos financeiros (crowdfunding), enquanto a outra faz uso de capital humano e intelectual (crowdsourcing). “Assim, um crowdfunding pode ser utilizado para se financiar a fabricação de um produto; enquanto o crowdsourcing pode ser utilizado para que a multidão ajude a desenhar o melhor logo para uma empresa”, exemplifica o executivo.

Qualquer que seja a escolha das organizações nos modelos colaborativos, o importante é que elas tenham em mente que ter ajuda é necessário e nestes casos é para, justamente, não terem o risco de sofrerem com a concorrência. “Ou seja, que apenas os negócios ou fornecedores de pior qualidade utilizem os seus serviços, gerando a percepção de que a qualidade das oportunidades nessas plataformas é inferior.” O resultado pode refletir no mercado, uma vez que cada vez mais os clientes preferirão por marcas que contem com a sua colaboração e, principalmente, demonstrem que estão preocupados com a qualidade daquilo que oferecem.

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