O mapa do consumo de bens duráveis no país

As vendas de bens duráveis tem sido um dos sinais positivos da recuperação no cenário econômico do país, nos últimos meses. É o que mostra um dos mais recentes estudos realizados pela GfK. Segundo os dados apurados, na média nacional, os produtos de telefonia, eletrônicos, eletroportáteis, linha branca e informática cresceram 13% em faturamento, entre janeiro e julho de 2017, em comparação com o mesmo período de 2016. Ainda de acordo com as informações do estudo, este crescimento foi puxado pelo desempenho do Nordeste e Sudeste do país, que cresceram 23 e 12% respectivamente na comparação do mesmo período.
Segundo Gisela Pougy, diretora de negócio – Painéis de Varejo da GfK, o desempenho da região Nordeste deve-se especialmente ao excelente desempenho da agricultura da região, bem como os recursos das contas inativas do FGTS na economia local. “Esses fatores tiveram um peso muito significativo no resultado da região nordeste. Outra justificativa é uma base de comparação muito baixa pelo fraco resultado dos anos anteriores na região nordestina”, afirma.
Para o Sudeste, a razão para este crescimento (12%) foi o bom resultado obtido pela categoria de celulares e eletroportáteis que cresceram acima da média, somado também aos recursos injetados pela liberação das contas inativas do FGTS. Depois de Nordeste, Sudeste e Sul, a região que também obteve um crescimento expressivo foi a região Norte, muito impulsionado pelo desempenho da categoria de Informática.
Por outro lado, a categoria que teve um crescimento bastante acentuado foi telefonia. Ao longo dos últimos cinco anos, ganhou 17 pontos percentuais, saindo de 25% e passando para 42%, em relação à sua participação entre todas as cinco categorias. Eletrônicos e Informática são as que mais perdem participação, de 24 para 18% e de 17 para 8%, respectivamente.
Para Gisela, outro fenômeno identificado neste estudo, foi a interiorização. “Em todo o País, as cidades do interior são as que dão a maior contribuição para elevar o faturamento. De janeiro a julho deste ano, o crescimento da Região Sul veio exclusivamente do Interior. No Nordeste, o Interior cresce 26% enquanto as capitais crescem apenas 15%; no Sudeste o Interior também se destaca, crescendo 12% enquanto capitais crescem apenas 7%”, pondera Gisela. A categoria que mais puxa para cima o crescimento no interior em relação às capitais é a Telefonia, com 22%.
Buscando os destaques de forma regional, a região Centro-Oeste é a que mais cresce, ao lado da região Nordeste, em unidades (12%). Informática e Telefonia são as que mais influenciam neste resultado. Em compensação também são as linhas que mais derrubam os preços na região. Tem um crescimento de 9% em faturamento, mas a segunda menor participação em importância, comparada às outras regiões. 
A região Norte, tem um faturamento muito impulsionado pela categoria de Informática, com 37%. Em compensação, um bom potencial para desenvolvimento de comércio online. Na contramão, tem a maior participação em produtos mais antigos em quase todas as categorias, comparadas às outras regiões.
No caso da região Sul, o destaque fica para um desempenho muito suportado pela participação do interior em seu crescimento de 11% no total, em faturamento, o mesmo da região Sudeste.  É a segunda região em vendas online, com destaque durante a época do Natal.
A região Nordeste é a que mais cresce, ganhando 2 pontos percentuais de importância no faturamento Brasil, somadas todas as categorias. É a que possui marcas menos concentradas quando se avaliam todas as linhas de produtos. Também tem um crescimento bastante calcado na interiorização 26%, além de possuir uma média muito expressiva na idade de produtos mais novos entre as outras regiões. 
Já a região Sudeste possui a maior participação entre todas, com mais de 50% do faturamento do Brasil para todas as categorias consideradas. Ainda assim, apresentou um crescimento muito consistente, de 12%. O crescimento do interior foi bem acima das capitais, 12% contra 7%, respectivamente. Tem a maior participação nas vendas online, 60%.

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