Pesquisa realizada pela Accenture com mil mulheres, entre 22 e 35 anos, revelou que grande parte das jovens acredita que terá uma carreira gratificante, com equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Deste total, 66% indicam que sucesso é trabalhar com algo que tenha significado. Já 59% das entrevistadas apontam a necessidade de manter o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Outros fatores importantes são: emprego estável, que proporciona segurança financeira; um bom ambiente de trabalho; comunicação aberta com os supervisores; e oportunidades para crescer profissionalmente.
Praticamente todas as participantes (94%) acreditam que podem atingir uma vida profissional satisfatória e pessoal gratificante. Quanto perguntadas sobre qualidades típicas necessárias em uma líder, 70% citaram “manter equilíbrio entre trabalho e vida”, seguido por “ser flexível” e “ser capaz de fazer a diferença” (66% e 64%, respectivamente). Adicionalmente, 60% delas alegaram ter sentido o impacto da crise econômica, enquanto um terço (33%) estão mais preocupadas em manter seus trabalhos, do que em possuir uma vida balanceada entre trabalho e pessoal.
A Accenture verificou que a qualidade de vida muitas vezes é mais importante do que o crescimento profissional. Grande parte (70%) acredita que será bem sucedida. Já um terço confia que vai chegar ao topo. Ainda assim, quando perguntadas sobre o que realmente é importante, 66% citam a vida familiar. “De tanto perseguir uma carreira e vida pessoal satisfatórias, as millennials se beneficiarão em definirem prioridades e acompanharem seus progresso ao longo do caminho”, disse LaMae DeJongh Allen, diretora de Gestão de Capital Humano e Diversidade da Accenture, nos Estados Unidos.
Quase metade das pesquisadas (46%) revelou que atualmente possui uma vida profissional e pessoal equilibrada. Outro dado é que enquanto 46% alegaram abrir mão de parte do salário se isso significasse mais tempo na vida pessoal, 54% fariam o inverso. “Elas deverão explorar formas alternativas para subir nas corporações. Dar um passo para o lado dentro de uma organização, por exemplo, pode ser uma forma eficaz para satisfazer a necessidade de aprender novas habilidades e adquirir uma valiosa experiência, enquanto se continua a trabalhar para o avanço no longo prazo”, observa de Jongh.
Embora confiantes no futuro, as entrevistadas admitem que existam barreiras e que elas estão em fase de mudança. Para 12% das entrevistadas o casamento é um obstáculo para a carreira, enquanto 19% encaram as políticas de maternidade como um empecilho. A pesquisa ainda revelou que está crescendo o número de mulheres nos cargos de liderança. Apenas um quinto (20%) relataram a falta de mulheres no C-suite e nos conselhos de administração das empresas.