O varejo mora ao lado

Responsável por 48% do crescimento do setor supermercadista em 2015, o varejo de vizinhança ou varejo de proximidade está cada vez mais atrativo ao consumidor. É o que mostra uma pesquisa da Nielsen e apresentada pela Associação Paulista de Supermercados, APAS, em que ainda aponta que esses mercado possuem maior concentração das compras de reposição (67%) contra um percentual menor no autosserviço como um todo (56%). Por este motivo, o ticket médio dos mercados de vizinhança permanece menor (R$ 38) se comparado aos supermercados (R$ 66).
 
Segundo a Associação Brasileira de Automação para o Comércio (AFRAC), os principais fatores que acarretam o sucesso ao varejo estão na comodidade, praticidade, proximidade, promoções e serviços agregados como o atendimento personalizado e estratégia de venda. “Falta tempo, essa é a primeira mudança do hábito do consumidor. É comum ir a um desses estabelecimentos para repor algum produto que falta em nosso lar e chegar lá e ver soluções como ´Cantinho do Lanche´, com opções práticas e rápidas e os ingredientes dispostos de forma que o consumidor possa rapidamente optar pelos produtos que ele não esperava consumir no momento”, detalha o presidente da AFRAC, Zenon Leite Neto.
 
Outras facilidades que conquistam o cliente são o fato de aceitarem vale alimentação, fornecerem produtos orgânicos e entregarem em domicílio. “O perfil desse cliente mudou, agora ele é um shopper. Ou seja, pensa, pondera e decide a compra. Logo ele está habituado ao acesso rápido, deseja ser independente nas compras e precisa ver vantagens. Seja pelas formas já citadas, seja por serviços agregados, como a assistência prestada por um funcionário que pode dar dicas sobre o que consumir ou sugerir promoções daquele dia”, exemplifica o executivo.
 
Em geral, os estabelecimentos possuem rotatividade de produtos com muitas novidades, pelo fato de não trabalharem com estoques. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2009, o Brasil tinha cerca de 240 mil minimercados, número que saltou para quase 390 mil em setembro de 2014. Atualmente, o número de lojas de varejo espalhados pelo País, ultrapassa um milhão de estabelecimentos, assim o setor se torna um dos mais relevantes da economia nacional.

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