A expectativa para Black Friday é grande. Todos esperam conseguir sair satisfeitos delas. Os clientes, também afetados pela crise, desejam ter aqueles produtos desejados durante o ano inteiro. Quem vende, quer lucro, girar o estoque e conseguir números positivos depois de um ano desafiador. Porém, mais do que aumentar as vendas, no caso das empresas, fazer parte desse dia envolve muitos outros ganhos. Segundo o diretor geral do evento no Brasil, Juliano Motta, do Busca de Descontos, empresa responsável pela organização da BlackFriday.com.br, um negócio que não fizer parte da data perderá muito mais que vendas. “Provavelmente, toda a concorrência estará com ofertas promocionais. O varejista que não entrar perderá clientes”, alerta.
Para se ter uma ideia da magnitude do dia para o mercado brasileiro, segundo dados colhidos pela empresa, 74,76% dos consumidores que compraram na Black Friday do ano passado se disseram satisfeitos com a última edição. A alta aprovação é resultado, principalmente, de um maior preparo das empresas, bem como do evento, que a cada ano melhora sua organização. “A Black Friday trouxe um amadurecimento em diversos segmentos: melhor infraestrutura, atendimento ao cliente, logística, entre outras. Atualmente, até mesmo a indústria participa do nosso evento”, comenta o executivo. Por outro lado, há ainda muito a desenvolver. Tanto que na mesma pesquisa, quase 16% dos entrevistados afirmaram que ficaram insatisfeitos com a experiência de compra no ano anterior. Enquanto, 9,28% disseram estar muito insatisfeitos.
Isso acontece, porque há empresas que criam descontos falsos ou apresentam problemas estruturais, como páginas que não aguentam a quantidade de visitas, estoque indisponível, atrasos na entrega ou dificuldade na hora do pagamento, entre outros fatores. “É fundamental que o e-commerce forneça um bom serviço em qualquer data, para quando chegar à Black Friday já esteja preparado”, aconselha Motta. “Se ele não fizer isso, terá impactos direto como vendas futuras, o boca-boca negativo, perda de venda, custos adicionais com atendimento pós-vendas, custo adicional com novas pessoas para a data.” Ou seja, é preciso estar pronto muito antes do dia em si. O executivo ainda indica que o melhor é começar a pensar na edição seguinte, assim que a outra tiver acabado.