O Ericsson ConsumerLab anunciou os resultados do estudo Hot Consumer Trends 2020, que ouviu ao todo mais de 15 mil pessoas, entre 15 e 69 anos, em 15 grandes cidades do mundo, incluindo São Paulo, e mapeou os 10 papéis principais que os consumidores esperam que as máquinas inteligentes conectadas assumam em seu dia a dia, na próxima década. O head de pesquisa do Ericsson Consumer & IndustryLab e autor do relatório, Michael Björn, ficou surpreso ao ver que as expectativas dos consumidores por conectividade mais inteligente são maiores do que para qualquer outro tipo de máquina inteligente conectada.
“A tendência do Connectivity Gofers inclui previsões de que os dispositivos se adaptarão de forma inteligente a qualquer sinal, usando celular, Wi-Fi e conectividade fixa, bem como localizadores de sinais inteligentes que orientam os usuários a locais com cobertura,ideal mesmo em áreas movimentadas. Isso indica oportunidades para os provedores de serviço 5G expandirem gradualmente as redes inteligentes para cobrir uma ampla gama de novos serviços para seus clientes, e cada uma das funções da máquina que apresentamos neste relatório pode ser vista como uma área de serviço. completamente novo”, pontua o executivo
Em São Paulo, especificamente, 86% dos respondentes apostam num serviço de vigilância eletrônica que protejam suas casas e que possam alertar outros sistemas de segurança da vizinhança, a fim de coibir invasores. Já para 91%, os smartphones serão capazes de alertar sobre temporais ou rajadas de calor, compartilhando dados com dispositivos pessoais de outras pessoas. Além disso, 87% acreditam em sistemas automatizados de gestão financeira que consigam explicar como seus investimentos estão sendo administrados.
Para outros 87%, na próxima década será possível ter pontos de acesso domésticos que conectarão automaticamente seus dispositivos a fibra, cabo, Wi-fi, sem que seja necessário realizar qualquer configuração. E para 80% dos paulistanos ouvidos, até 2030, teremos medidores de eletricidade inteligente que calcularão a eletricidade usada para realização do home office. Chama a atenção ainda a menção de 51% dos moradores da capital paulista sobre a expectativa de terem em seu corpo nanobots que vivem em sua corrente sanguínea e aprendem como combater o câncer e lutar contra novos vírus trocando dados com bots de outras pessoas.
“A tendência de Community Bots, por exemplo, destaca o papel que a inteligência artificial pode desempenhar no fornecimento de serviços comunitários tão necessários. The Explainers apresenta a ideia de que todos os dispositivos conectados devem poder ser explicados aos usuários, e os bots de sustentabilidade estão focados na necessidade crescente de conselhos climáticos inteligentes localizados no futuro. O que todos esses potenciais serviços têm em comum é que se baseiam na comunicação inteligente entre dispositivos e, portanto, colocam o aspecto das redes em um lugar mais importante do que hoje”, acrescenta Björn.
Veja abaixo os resultados completos do estudo global:
01. Body bots: 76% dos consumidores preveem que haverá roupas inteligentes que ajudam inclusive na adequação postural.
02. Anjos da guarda: três quartos das pessoas acreditam que os guardiões da privacidade ajudarão a enganar as câmeras de vigilância e a bloquear a espionagem eletrônica.
03. Bots comunitários: 78% acreditam que os serviços de vigilância eletrônica alertarão os aliados da vizinhança sobre qualquer invasor.
04. Bots de sustentabilidade: o clima futuro será extremo – 82% acreditam que os dispositivos compartilharão dados e alertarão sobre torrentes de chuva locais ou rajadas de calor.
05. Home Officers: 79% dizem que os alto-falantes inteligentes projetarão abafadores de ruído nas paredes ao redor dos escritórios em casa, permitindo mais concentração no trabalho e estudo nos lares.
06. Esclarecedores: Mais de 8 em cada 10 entrevistados preveem sistemas automatizados de gestão financeira que expliquem como seus investimentos são tratados. No setor automotivo 87% veem no futuro carros que só circulam de forma autônoma quando o trânsito está calmo.
07. Gofers de conectividade: 83% dos consumidores utilizariam localizadores de sinais inteligentes capazes de guiá-los até os pontos de conectividade com cobertura ideal mesmo em áreas lotadas.
08. Bots vilões: Um bot vilão que pode ser treinado para realizar roubos ou atacar outras pessoas é esperado por 37% dos usuários de AR / VR.
09. Criadores de conteúdo: As máquinas farão a curadoria do conteúdo. 62% dos usuários no mundo acham que os consoles de jogos farão jogos originais com base em seu jogo.
10. Bots mandões: cerca de 7 em cada 10 acreditam que IAs de redes sociais entenderão sua personalidade e construirão um círculo de amigos que contribuem com seu bem-estar físico e mental.