Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard Brasil

Pandemia fez surgir a “Geração Comida”

Estudo intitulado “Geração Comida e a ascensão do novo perfil de consumidor gastronômico”, produzido pela área de pesquisas da FleishmanHillard, True Global Intelligence, descobriu um consumidor de alimentos mais engajado e informado. O levantamento compilou dados de seu comportamento na alimentação, suas preferências e mudanças em seus hábitos.

Entre as constatações, estão os pedidos por delivery que cresceram 21%. Além disso, 79% disseram que tiveram que cozinhar e comer mais em casa por causa das restrições locais.

A sondagem, realizada on-line junto a 2.100 consumidores de 16 a 74 anos, com divisões representativas em idade, gênero, região e etnia, identificou também que 64% permanecem atentos às suas escolhas alimentares. Comparado ao mesmo estudo realizado em 2018, houve uma queda de 10 pontos percentuais.

Dos consumidores participantes do estudo, 78% classificaram-se como novos amantes da comida e 63% como “geração comida”. Os novos apreciadores da culinária desejam experimentar novidades: 38% estão comprando alimentos on-line, 56% testam novas receitas toda semana e 29% estão bebendo mais e diferentes bebidas alcoólicas.

Esses novos consumidores anseiam por informações sobre alimentos e preparação deles e o canal mais consumido para isso são os sites de culinária: 56%. Família aparece como segunda referência sobre o assunto, com metade da preferência dos entrevistados. Na comparação com o estudo de três anos atrás, cresceu a preocupação com fundamentos básicos como: acesso a boa comida 64% contra 59%, redução do desperdício 87%, elevação de 6%, e insegurança alimentar 63% contra 54%.

“As marcas de alimentos e bebidas devem estar atentas ao comportamento desta geração, especialmente dos novos amantes gastronômicos, pois são eles que irão e farão parte da recuperação da indústria de alimentos”, analisou Alessandro Martineli, diretor geral da FleishmanHillard Brasil.

Vivem para comer ou comem para viver?

Não surpreendentemente, ao responderem a essa indagação, os consumidores escolheram a primeira opção. “Afinal, para eles a comida é uma experiência e deve ter uma história”, explicou o executivo. Segundo ele, no momento pós-pandemia eles almejam manter o que aprenderam e amaram sobre comida durante a COVID-19, e desejam fazer isso tanto em casa como longe dela. E os planos para quando as restrições sociais terminarem são os seguintes: 73% pretendem comer alimentos que não conseguiram durante o período de isolamento social, 76% planejam fazer compras presencialmente e 78% querem se reunir com amigos e família.

O estudo completo pode ser acessado pelo link https://bit.ly/3BDOv8F

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