Paralisação dos caminhoneiros derruba confiança do consumidor

Diante da paralisação dos caminhoneiros, que durou 11 dias, e da crise de desabastecimento que se instalou no País, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mediu os impactos sobre o humor dos consumidores paulistanos. Excepcionalmente no mês de maio, a federação calculou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em dois períodos distintos. De acordo com as entrevistas feitas com 1,1 mil pessoas na capital paulista em 11 de maio (antes da paralisação), o ICC atingiu 113,2 pontos; e em 25 de maio (quinto dia de paralisação), em uma nova coleta com mais 1,1 mil consumidores, o ICC marcou 95,5 pontos – uma queda, portanto, de 15,6% nesse intervalo de 15 dias.
Entre as duas coletas, houve uma evidente queda do ICC motivada pela piora da percepção dos consumidores em relação ao momento atual, o que é bastante compreensível. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) caiu 24,8%, passando dos 89,7 pontos em 11 de maio para 67,5 pontos em 25 de maio. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), outro componente do ICC, registrou queda de 11,3%, marcando 114,3 pontos em 25 de maio, ante os 128,8 pontos em 11 de maio.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o receio dos efeitos dessa crise se abateu de forma imediata sobre os consumidores e alterou a visão de curto prazo, dado que o impacto na rotina das famílias foi bastante grande. O cenário futuro também foi avaliado de maneira negativa, já que havia uma evidente desconfiança na capacidade do governo de solucionar a crise, e também de como serão os próximos meses até o fim do mandato. Considerando que esses movimentos mais exagerados são naturais no curto prazo, a Federação acredita que, com a normalização do abastecimento, as perspectivas presentes melhorem um pouco nos próximos dias.

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