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Uma cultura de segurança

Relacionamentos são frágeis. Geralmente não importa o tempo de uma relação e todos os atrativos para mantê-la se algo abala a confiança entre os envolvidos. Com empresas e clientes não é diferente. O vazamento dos dados dos consumidores sempre foi um risco muito antes da internet – e sempre trouxe consequências -, mas agora as variáveis são mais complexas e os dados se tornaram cada vez mais valiosos. Diante disso, por que, então, as empresas ainda não criaram uma cultura de segurança tecnológica, investindo tão somente em avanços tecnológicos?
“Hoje, a segurança da informação já é um fator determinante e estratégico para vários segmentos. Você não contrata um banco ou um serviço de cartão de crédito sem ter absoluta certeza de que eles vão garantir a segurança dos seus dados. Informações pessoais estão no mesmo patamar de importância para algumas pessoas e isso vai forçar que mais segmentos passem a dar mais atenção para esse fato”, comenta Anderson Ramos, chefe de tecnologia da Flipside. Ele explica que o importante é realmente investir em criar uma cultura de segurança na empresa. “Não adianta investir milhões em softwares e tecnologia, se os funcionários não sabem reconhecer um email fraudulento e com um clique curioso abrem as portas para cibercriminosos. Esse tipo de cultura segura está cada vez mais sendo reconhecida pelos consumidores e vira um diferencial na hora de fechar negócios.”
Além disso, as empresas sempre devem ser transparentes com os clientes sobre os dados que são pedidos e para o que eles serão usados. Essa também é uma boa oportunidade de mostrar como a segurança e privacidade são importantes para a empresa e a relação que está sendo construída – o que vira um plus na hora de fidelização. Entretanto, a maioria das empresas brasileiras precisa entender que já passou da hora de levar a sério a questão. O dado mais recente sobre maturidade das empresas da 2º Pesquisa Nacional Sobre Conscientização Corporativa em Segurança da Informação, de 2017, produzida pela Flipside, com os 260 chefes de segurança da informação mais influentes do Brasil, mostra que 32% das empresas brasileiras não tem uma política de segurança da informação ou está desatualizada ou é inadequada. “Além disso, mesmo quando existe uma política, eles avaliam que 76% têm compromisso parcial ou nulo para cumpri-la”, alerta Ramos.
Por fim, o chefe de tecnologia pontua que ainda existe um caminho a ser percorrido por empresas e clientes em direção à segurança nas redes. “Desenvolver a cultura do comportamento seguro das equipes das empresas é essencial, pois isso pode ser a diferença entre você ter uma empresa após um ataque ou não, visto que as falhas humanas representam mais da metade dos ataques bem sucedidos.” O executivo pontua ainda que desenvolver o comportamento seguro com o cliente também é importante, pois ele consegue lidar melhor com fatores que muitas vezes a empresa não consegue lidar, como as fraudes direcionadas. “Quando falamos em privacidade, desenvolver o comportamento seguro do brasileiro na internet é essencial, pois é possível fazer com que ele saiba lidar melhor com essas grandes questões, dando a ele o poder de escolha para se relacionar só com marcas confiáveis.”

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