Poupatempo visa serviços via smartphones

O Governo do Estado de São Paulo está negociando com operadoras (Vivo, Claro, Tim e Oi), um contrato para a entrega de serviços do Poupatempo por dispositivos móveis, com a conta do uso de dados paga pelo governo. A iniciativa faz parte do Poupatempo de 2ª Geração, que agrega atendimento eletrônico. Como o SP Serviços, aplicativo que já permite ao cidadão agendar pelo celular um atendimento no Poupatempo. O SP Serviços tem mais de 20 aplicativos de diversas áreas do governo. 
Com o acordo em negociação, o usuário não terá custos para fazer consultas ou agendamento no Popupatempo a partir do seu smartphone, mesmo que não esteja usando uma rede Wi-Fi aberta. Quando usar um dispositivo móvel para agendar um serviço presencial no Poupatempo, receber informações sobre a documentação necessária para tirar a primeira via ou renovar seu RG ou CNH, por exemplo, a operadora vai identificar que se trata de um serviço do governo e o usuário não será tarifado. 
Para isso, a Coordenadoria de TI da Subsecretaria de Tecnologia e Serviços ao Cidadão está negociando com as operadoras uma tarifa para a cobrança reversa e a Secretaria Jurídica do governo está elaborando um modelo de contrato por adesão. “As operadoras interessadas aderem ao modelo, a um preço fixo, mais baixo do que o praticado no mercado para o uso de dados”, explica Aldo Garda, coordenador de TI da Subsecretaria. 
O Poupatempo 2ª Geração prevê a oferta de serviços eletrônicos, tanto por meio da internet como de smartphones. “Queremos atingir todos os públicos e o smartphone é um meio para isso”, comenta Garda. Ele ainda destaca como outra vantagem a economia de custos para o governo em relação ao atual teleatendimento pelo serviço Disque Poupatempo. Hoje, a média de atendimentos pelo sistema é de 265 mil ligações por mês. Cada ligação dura em média sete minutos, gerando um custo alto de telefonia para o governo. 
Com o uso de dados, o usuário poderá agendar o serviço no Poupatempo e receber a relação de documentos em seu email. Também receberá uma mensagem, um dia antes da data agendada, lembrando o compromisso e a documentação necessária. Outra inovação é a opção de serviços por comando de voz no atendimento eletrônico. A coordenaria de TI avalia se o serviço será prestado por meio de uma unidade de resposta audível (URA) ou por reconhecimento de voz. “Queremos reduzir custos sem deteriorar o serviço ao cidadão”, diz o coordenador. 
Paralelamente, está em desenvolvimento um totem, que funcionará nos moldes de um caixa eletrônico bancário. Nele, que será instalado em órgãos como Metrô, CPTM e postos de saúde, o cidadão poderá realizar alguns dos serviços oferecidos pelo Poupatempo sem a necessidade de se deslocar até um posto. “A meta do governo com essas iniciativas é reduzir, em dois anos, o volume de atendimento presencial nos postos”, informa Garda. Hoje, as 66 unidades do Poupatempo em funcionamento na Capital e em cidades do interior do Estado, atendem mensalmente uma média de 3,7 milhões de pessoas. 
 

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