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Carlos Siqueira, executivo de desenvolvimento de negócios na Thoughtworks

Precision Shopping: a arte de estar na hora certa e no canal certo oferecendo o que o cliente quer

A coleta e análise constantes dos dados permitem que a estratégia seja revista em tempo real

Autor: Carlos Siqueira

Geralmente, no segundo semestre do ano, são publicados diversos estudos e previsões sobre como será o comportamento de compra e consumo para o ano seguinte. Apesar de o índice de confiança do consumidor ter subido nos últimos meses, percebe-se compradores mais resilientes, conscientes e intencionais, avaliando o real valor e o efeito de suas escolhas. O estudo “Mid-Year Consumer Outlook – Guide to 2025”, da NielsenIQ, aponta que, nos próximos 12 a 18 meses, o consumidor estará mais determinado a direcionar seus gastos no que lhe proporciona prosperidade e bem-estar.

Em resposta às transformações rápidas e constantes no mercado, as organizações têm recorrido cada vez mais ao precision shopping, ou “compra de precisão”. Essa abordagem tem como objetivo atender às necessidades dos consumidores de forma mais eficiente e personalizada, permitindo que as empresas compreendam melhor e atuem da forma que cada cliente quer para alavancar diferenciação significativa em relação à concorrência e garantir relevância em um ambiente cada vez mais competitivo.

Precision shopping é baseada na análise de grandes volumes de dados, proporcionando às empresas a capacidade de prever, com um alto nível de precisão, os comportamentos e preferências de seus clientes.

Mas como isso acontece?

A jornada de compra já não está limitada ao canal isolado, e sim cada vez mais integrada e omnicanal em uma rede de pontos de interação que se complementam. A partir da coleta dos mais variados dados de interação do cliente com a marca, seja na loja física, na navegação online, nas interações nas mídias sociais ou mesmo nas ligações para o call center, algoritmos avançados e técnicas de aprendizado de máquina entram em cena para entender esses dados coletados e gerar informações e insights relevantes sobre cada cliente, permitindo que a empresa possa atuar com maior precisão da segmentação à personalização. 

De acordo com o estudo “The value of getting personalization right – or wrong – is multiplying”, da McKinsey&Company, quando uma empresa consegue personalizar suas interações com os clientes, sua receita pode crescer entre 5% e 15%, além de elevar o retorno sobre seus investimentos em marketing em até 30%.

A personalização das ofertas e a entrega de informações relevantes no momento certo são cruciais para criar um relacionamento mais próximo e duradouro com os consumidores. Ao implementar “precision shopping”, as empresas não apenas melhoram a experiência de compra, mas também aumentam suas chances de criar um relacionamento mais forte e duradouro entre a marca e o consumidor, tornando cada interação mais significativa e satisfatória em um mercado competitivo e dinâmico.

É importante ressaltar que Precision Shopping não é uma ação única, mas um processo contínuo de feedback e aprendizado. A coleta e análise constantes dos dados permitem que a estratégia seja revista em tempo real, respondendo rapidamente às mudanças, antecipando tendências e ajustando suas ações junto aos clientes.

Ao adotar essa prática, as empresas não apenas melhoram a experiência de compra, mas também conseguem construir relacionamentos mais sólidos e duradouros com seus consumidores, adaptando-se às suas preferências e expectativas em constante evolução.

Carlos Siqueira é executivo de desenvolvimento de negócios na Thoughtworks.

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