Em um ano que a crise econômica deixou muita gente com medo de pôr a mão no bolso na hora de comprar os bens de consumo, o cenário de gastar menos e a maior propensão a economizar deveria ser o mais provável. Entretanto, isso não deve se refletir no período de Natal. Pelo menos, para os varejistas virtuais, a data sazonal deve significar um faturamento de R$ 1,63 bilhões, crescimento nominal de 30% em relação a 2008.
Com a aproximação de uma das datas mais aguardadas do ano, as lojas já se organizam quanto ao planejamento e logística visando atender o aumento na quantidade de pedidos que deverá ser realizada entre os dias 15/11 e 24/12. “Diferente de outras datas comemorativas, no Natal as pessoas têm o hábito de presentear familiares e amigos, o que potencializa a compra. Por isso, o volume de vendas é tão alto em qualquer canal de vendas, principalmente na Internet”, ressalta Pedro Guasti, diretor geral da e-bit.
Segundo estimativas da e-bit, em grande parte dos carrinhos virtuais dos consumidores deverão estar as categorias Livros, que historicamente é a líder do setor, e Eletrodomésticos, que devem continuar em alta com a prorrogação do IPI reduzido até final de janeiro. Eletrônicos e Informática também estarão presentes entre os mais vendidos, enquanto Saúde, Beleza e Medicamentos devem constar como preferências do público feminino.
Com o resultado do Natal, o e-commerce nacional deve fechar 2009 com um faturamento superior a R$ 10,5 bilhões, confirmando a expectativa da e-bit de um crescimento nominal de 28% em relação ao ano passado. Os números mostram o imenso potencial de evolução do canal, tendo em vista que apenas 25% das pessoas que acessam a Internet no Brasil, são, de fato, e-consumidores – a estimativa é chegar a 17 milhões no final de dezembro.