Oito em cada 10 gestores de diferentes empresas brasileiras acreditam ser fundamental criar um time multidisciplinar para entender o consumidor de maneira efetiva. É o que aponta uma pesquisa da Ipsos, conduzido pela sua equipe de marketing, e foi divulgado durante o evento “The Future of Consumer Insights”, realizado pela companhia em São Paulo.
Os resultados revelam que a diversidade de profissionais tem resultados diretos nos resultados das organizações. “Precisamos gostar e conviver com a diversidade para podermos compreender as mais diversas realidades. É de equipes e de culturas diversas que surgirão os melhores insights”, afirma Leda Kayano, diretora de Ipsos Marketing.
Experiência do cliente é o centro
O levantamento também mostrou que a maioria dos entrevistados acredita que o futuro é inevitavelmente centrado no consumidor. Para 87% dos pesquisados, a satisfação e a necessidade das pessoas devem ser a prioridade do negócio. “Precisamos ser especialistas em pessoas, precisamos trazer vida para os números e para os padrões de comportamento”, ressalta a executiva.
Quando o assunto é a gestão de informações, 40% dos pesquisados acreditam que o big data tende a substituir a coleta de dados primários na análise do consumidor. A pesquisa também revela que a gestão dessas informações ainda é um desafio para muitas empresas. Um quarto dos entrevistados (27%) admite fazer uso de ferramentas de enquete, mas dizem que acabam perdendo o controle sobre a informação. “O uso do big data requer um conhecimento da qualidade dos dados, dos seus limites e uma reflexão sobre quê perguntas podemos fazer para gerar insights”, explica a executiva.
O levantamento foi tema de mesa redonda mediada pela Ipsos. Participaram do debate os executivos Candice Pomi, diretora de pesquisa da Kimberly-Clark para a América Latina; Danilo Weiner, senior manager para a Samsumg Electronics América Latina; Ana Claudia Alvarez; head of customer insight da Sanofi; e Luís Minoru Shibata, chief strategy officer da Tim.
A pesquisa foi realizada com 106 executivos de diferentes indústrias, incluindo bens de consumo, bens duráveis, automobilística, publicitária, alimentícia, varejo e telecom. Os entrevistados foram apresentados às questões e apontaram seu nível de concordância a cada pergunta, numa escala de seis pontos.
