Autor: Marcelo Ponzoni
Penso que a capacidade e a coragem são dois substantivos que caminham juntos. Não basta ser capaz: é necessário ter coragem de se expor diante de um determinado grupo de alcance – o grupo de pessoas no qual você consegue ser aprovado e ser reconhecido pelas suas habilidades; é necessário lutar para provar suas competências até que sejam reconhecidas e aprovadas, galgar posições e se destacar ao ponto de se posicionar com destaque e credibilidade.
A partir do momento em que nos encorajamos, temos que ter a exata consciência de que, se naquele grupo comprovamos do que somos capazes e conseguimos aprovação e reconhecimento, além da consagração como vencedor, com méritos e destaques, isso não será suficinete para que o próximo grupo nos compreenda da mesma forma.
Nossa luta é contínua. Um novo grupo nada sabe sobre nós. As habilidades que já foram demonstradas não serão suficientes para uma nova experiência. É exatamente neste ponto que muitos desistem e pensam em retornar, reassumir seu trono, voltar a ser reverenciados como “reis”.
Esse é um dos momentos em se que diferenciam os vencedores dos perdedores, os que têm coragem dos que se amedrontam diante do novo. Em cada grupo é preciso lidar com outras capacidades e habilidades, algumas superiores às que temos. Ser o rei para um grupo não significa ser o rei para sempre. O sentimento de conquista em um grupo é maravilhoso, mas permanecer nele a vida inteira sem ter humildade e coragem de avançar é, no mínimo, medíocre.
Durante nossa trajetória profissional, os grupos de alcance irão se multiplicar e, sem dúvida, exigir mais coragem de nós, mais autoconfiança, mais humildade, mais aprendizagem. Serão esses grupos que nos dãrao a chance de demonstrar quem somos, o que queremos e onde podemos chegar com capacidade e coragem.
Marcelo Ponzoni é proprietário-fundador e diretor executivo da agência Rae, MP. ([email protected])