O número de pontos/milhas resgatados em programas de fidelidade aumentou 20,5%, em 2018, na comparação com o ano anterior, informou a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização, ABEMF. Foram 245 bilhões. Os dados referem-se a seis das empresas associadas à entidade: Dotz, Grupo LTM, Multiplus, Netpoints, Smiles e TudoAzul, que, juntas, faturaram R$ 6,9 bilhões em 2018, crescimento de 11,4% sobre 2017.
“Os participantes têm se mostrado cada vez mais engajados, aproveitando melhor os benefícios da fidelização. Por outro lado, as empresas estão ampliando sua atuação e oferecendo mais possibilidade de ganho e troca para seus clientes, o que acaba atraindo novos parceiros e impulsiona o desenvolvimento do setor no país”, afirma o presidente da ABEMF, Roberto Chade.
O aumento de interesse também é percebido em outros indicadores do estudo. A quantidade de cadastros nos programas de fidelidade subiu 13,7% em 2018, na comparação com 2017, somando, 127,6 milhões em todo o país. Desse público, a maior parte concentra-se na faixa etária de 26 a 40 anos (37,9%).
Também em ascensão, a emissão de pontos/milhas foi 13,9% maior em 2018, chegando, no fim do ano, a um total de 286,6 bilhões. Destes, 90,4% foram originados em gastos no varejo, serviços, bancos e indústria – o cartão de crédito continua sendo uma fonte importante de acúmulo de pontos/milhas. Os outros 9,6% vêm da compra de passagens aéreas.
Na hora de resgatar pontos/milhas, os brasileiros continuam investindo em passagens aéreas. Elas correspondem a 74,8% do total de pontos/milhas utilizados no 4T18. O principal destino nacional escolhido pelos participantes dos programas de fidelidade é São Paulo. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro e Brasília. Já entre as viagens internacionais, os bilhetes mais resgatados nos últimos três meses de 2018 foram para Miami, Orlando, Santiago e Lisboa, nesta ordem. Buenos Aires caiu para quinta posição e Lima perdeu a décima posição do ranking para a cidade de Londres, no Reino Unido.
A taxa de breakage, que mede o percentual de pontos/milhas que os consumidores deixam expirar, manteve-se praticamente estável, em 16,5%, no quarto trimestre de 2018, número considerado dentro da média de mercados de fidelidade mais desenvolvidos.